“…Fica-se bêbado mediante a ingestão de bebidas alcoólicas (cachaça, licores), mas também é possível embriagar-se de paixão -"O amor, ira, ódio, aversão ou qualquer apetite e afeto imoderado e violento" (Silva, 1922, Tomo 1, p. 660, Tomo 2, p. 385). O pardo claro Maurício talvez já viesse embriagado da Corte do Rio de Janeiro, onde compartilhou experiências com uma vasta comunidade negra (escrava, liberta e livre), habitante do maior porto escravista atlântico daquela época (Florentino, 1997;Soares et al, 2005). Estas comissões que distribuíram palmatórias e vergalhos podem ser percebidas como um ritual político, mesmo que em pequena escala, onde momentaneamente estes mulatos abandonavam o papel secundário que lhes era atribuído neste jogo bélico das elites.…”