“…A provisoriedade estruturante das soluções políticas que pautou boa parte das performances discursivas examinadas pelo autor, as permanências e reorganizações do campo semântico de conceitos, as expressões e metáforas podem ser, todas elas, entendidas como expressão concreta daquilo que István Jancsó e Fernando Novais qualificaram como uma "crise". 29 Aqui é Fanni que estabelece a conexão entre a caracterização geral da crise do Antigo Regime com as propostas de Javier Fernández Sebastián, que apontam para uma correlação entre crise do "tempo" e crise da "linguagem". 30 É também um mérito de seu trabalho observar o papel da esfera pública no encadeamento desse processo, balizando as especificidades do Brasil, a partir de Lúcia P. das Neves 31 e Marco Morel, 32 em relação a processos correlatos em espaços europeus como observados por Reinhart Koselleck, 33 Jürgen Habermas, 34 Jacques Godechot 35 e François Xavier-Guerra.…”