2011
DOI: 10.1590/s0101-33002011000100009
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Alucinações e alegorias: W. G. Sebald se recorda de W. Benjamin, leitor de Paris

Abstract: A partir de uma leitura de Austerlitz, de W. G. Sebald, o autor examina o jogo complexo de remissões e correspondências entre o romance do autor alemão e autores e temas clássicos da literatura europeia do século xix.PalavraS-chave: Literatura alemã contemporânea; W. G. Sebald; Austerlitz; Walter Benjamin. AbstRActThe author offers a reading of Austerlitz in which the complex play of references and correspondences between W. G. Sebald' s novel and 19th Century European literature themes and authors comes to li… Show more

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“…A obra do escritor alemão W. G. Sebald (1944Sebald ( -2001 Um recorte se faz sempre necessário, ainda mais se lembrarmos as palavras de Dolf Oehler: "Parece que tudo ou quase tudo já foi dito sobre a obra de Sebald, cuja escrita tão singular, inspirada inteiramente pela vergonha e pela tristeza, não deixa de fascinar o público e de chamar a atenção de comentaristas do mundo inteiro". 21 A presença recorrente de imagens em seus textos e os comentários que tece a respeito delas asseguram que Sebald tinha sempre em mente o problema da articulação entre espetáculo, memória e história. A ideia de espetáculo como esvaziamento da história e emergência de um presente contínuo é recorrente na poética de Sebald, preocupado que era com certo pacto de silêncio que, segundo ele, teria acometido a Alemanha no período pós-guerra -um silêncio que dizia respeito tanto ao legado nazista quanto ao horror da destruição da Alemanha por parte dos bombardeios dos aliados: "a reconstrução alemã equivaleu, após as devastações causadas pelos inimigos de guerra, a uma segunda aniquilação, realizada em fases sucessivas, de sua própria história anterior (…), direcionando a população, sem exceção, para o futuro e obrigando-a ao silêncio sobre aquilo que enfrentara", escreve Sebald em Guerra aérea e literatura.…”
Section: Literatura E Atenção Flutuanteunclassified
“…A obra do escritor alemão W. G. Sebald (1944Sebald ( -2001 Um recorte se faz sempre necessário, ainda mais se lembrarmos as palavras de Dolf Oehler: "Parece que tudo ou quase tudo já foi dito sobre a obra de Sebald, cuja escrita tão singular, inspirada inteiramente pela vergonha e pela tristeza, não deixa de fascinar o público e de chamar a atenção de comentaristas do mundo inteiro". 21 A presença recorrente de imagens em seus textos e os comentários que tece a respeito delas asseguram que Sebald tinha sempre em mente o problema da articulação entre espetáculo, memória e história. A ideia de espetáculo como esvaziamento da história e emergência de um presente contínuo é recorrente na poética de Sebald, preocupado que era com certo pacto de silêncio que, segundo ele, teria acometido a Alemanha no período pós-guerra -um silêncio que dizia respeito tanto ao legado nazista quanto ao horror da destruição da Alemanha por parte dos bombardeios dos aliados: "a reconstrução alemã equivaleu, após as devastações causadas pelos inimigos de guerra, a uma segunda aniquilação, realizada em fases sucessivas, de sua própria história anterior (…), direcionando a população, sem exceção, para o futuro e obrigando-a ao silêncio sobre aquilo que enfrentara", escreve Sebald em Guerra aérea e literatura.…”
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