Apresentação

Abstract

Desde 2005,a média anual do crescimento brasileiro tem sido de 4,5%. Para os próximos anos, as projeções apontam a manutenção dessa dinâmica. Trata-se de resultado bastante expressivo: não são poucos os que acreditam que o país finalmente superou o período de crises e atingiu o crescimento sustentado.Um dos principais motores dessa transformação é a China.A abertura econômica chinesa gerou um período de crescimento excepcional, superior ao verificado no Japão do pós-guerra. O mercado chinês consome quantidades inimagináveis de energia, matérias-primas industriais e commodities agrícolas. Com isso, o preço relativo desses itens cresceu exponencialmente nos últimos anos -com impacto direto sobre a receita gerada pelas exportações no Brasil.Os efeitos sobre o crescimento são inegáveis, mas dividem opiniões.Para uns,trata-se de um processo virtuoso que alça o Brasil a um novo patamar de desenvolvimento. Para outros, de um ciclo de curta duração que contribui para desviar o foco das políticas do governo.De acordo com os defensores dessa visão,o país não pode depender exclusivamente de fontes de demanda externa e arcará com um ônus elevado pela postura de abdicar de posições a médio e longo prazo em favor de benefícios passageiros.Para esclarecer a questão, Novos Estudos convidou os economistas Luiz Carlos Mendonça de Barros, Júlio Gomes de Almeida e João Furtado.As respostas compõem o dossiê que segue nas próximas páginas.DOSSIÊ ECONOMIA BRASILEIRA APRESENTAÇÃO