“…Seu "notório saber" sobre a indissociabilidade entre informação e território deriva do fato do seu modo de vida territorial ser uma "profissão de risco" que teme as desconexões, redirecionamentos, seleções etc. Ao remontarmos às últimas quatro décadas de luta e resistência territorial na América Latina, encontraremos as ações do MST, no Brasil desde 1979/1984 (Fernandes, 2000); o Ejécito Zapatista de Liberación Nacional (EZLN), no México em 1994 (Ornelas, 2005); o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em 1991 (Foschiera, 2009); o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em 1997; o Movimiento Nacional Campesino Indígena (MNCI), na Argentina (Michi, 2010;Sobreiro Filho, 2016); as organizações Mapuches, na década de 90 no Chile (Aylwin, 2000); os Pachakiti e os Cocaleiros, na Bolívia (Gutierrez;Lorini, 2007); a Confederación de Nacionalidades Indígenas de Ecuador (CONAIE) (Deere;Leon, 2002); a Confederação Bolivariana Indígena da Venezuela e a revolução bolivariana na Venezuela de Hugo Chávez (Vanden, 2009). A maioria delas se difundiram e passaram a ser disputadas ou vinculadas a temas recorrentes na Internet: território e identitário, direitos tradicionais e humanos, preservação do meio ambiente e desenvolvimento, democratização e acesso à água e alimentos, gênero, raça-etnia etc.…”