2007
DOI: 10.1590/s0101-33002007000100004
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A trilha de Morales: novo movimento social indígena na Bolívia

Abstract: [2] O prólogo foi escrito em fevereiro de 2007, a título de atualização da argumentação. Apesar dos meses transcorridos desde sua elaboração, pela análise que faz das causas sociais, políticas e econômicas para o surgimento desta nova "era" na Bolivia, assim como pelas advertências sobre possíveis desvios (resultado da própria lógica dos movimentos sociais empenhados em inverter as relações de dominação), este texto permanece atual.A Bolívia vive uma situação paradoxal. Enquanto a economia mostra sinais de rec… Show more

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“…Seu "notório saber" sobre a indissociabilidade entre informação e território deriva do fato do seu modo de vida territorial ser uma "profissão de risco" que teme as desconexões, redirecionamentos, seleções etc. Ao remontarmos às últimas quatro décadas de luta e resistência territorial na América Latina, encontraremos as ações do MST, no Brasil desde 1979/1984 (Fernandes, 2000); o Ejécito Zapatista de Liberación Nacional (EZLN), no México em 1994 (Ornelas, 2005); o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em 1991 (Foschiera, 2009); o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em 1997; o Movimiento Nacional Campesino Indígena (MNCI), na Argentina (Michi, 2010;Sobreiro Filho, 2016); as organizações Mapuches, na década de 90 no Chile (Aylwin, 2000); os Pachakiti e os Cocaleiros, na Bolívia (Gutierrez;Lorini, 2007); a Confederación de Nacionalidades Indígenas de Ecuador (CONAIE) (Deere;Leon, 2002); a Confederação Bolivariana Indígena da Venezuela e a revolução bolivariana na Venezuela de Hugo Chávez (Vanden, 2009). A maioria delas se difundiram e passaram a ser disputadas ou vinculadas a temas recorrentes na Internet: território e identitário, direitos tradicionais e humanos, preservação do meio ambiente e desenvolvimento, democratização e acesso à água e alimentos, gênero, raça-etnia etc.…”
Section: As Políticas Contenciosas Na Tormentaunclassified
“…Seu "notório saber" sobre a indissociabilidade entre informação e território deriva do fato do seu modo de vida territorial ser uma "profissão de risco" que teme as desconexões, redirecionamentos, seleções etc. Ao remontarmos às últimas quatro décadas de luta e resistência territorial na América Latina, encontraremos as ações do MST, no Brasil desde 1979/1984 (Fernandes, 2000); o Ejécito Zapatista de Liberación Nacional (EZLN), no México em 1994 (Ornelas, 2005); o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em 1991 (Foschiera, 2009); o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em 1997; o Movimiento Nacional Campesino Indígena (MNCI), na Argentina (Michi, 2010;Sobreiro Filho, 2016); as organizações Mapuches, na década de 90 no Chile (Aylwin, 2000); os Pachakiti e os Cocaleiros, na Bolívia (Gutierrez;Lorini, 2007); a Confederación de Nacionalidades Indígenas de Ecuador (CONAIE) (Deere;Leon, 2002); a Confederação Bolivariana Indígena da Venezuela e a revolução bolivariana na Venezuela de Hugo Chávez (Vanden, 2009). A maioria delas se difundiram e passaram a ser disputadas ou vinculadas a temas recorrentes na Internet: território e identitário, direitos tradicionais e humanos, preservação do meio ambiente e desenvolvimento, democratização e acesso à água e alimentos, gênero, raça-etnia etc.…”
Section: As Políticas Contenciosas Na Tormentaunclassified
“…O MAS-IPSP, a AP, o PRD/MEX e o PT constituem nos casos mais próximos da teoria. O primeiro foi formado através da ação do movimento cocaleiro boliviano, de grupos indígenas e de setores da classe média (Gutierrez & Lorini, 2007;Reis, 2013). A AP por meio de movimentos sociais que reivindicação a auditoria da dívida pública equatoriana (Pachano, 2005(Pachano, , 2010.…”
Section: A Organização Dos Partidos Políticos Latino-americanosunclassified
“…Além do programa econômico neoliberal 5 , que incluiu o desmonte da mineração e a tentativa de privatização da água em Cochabamba, fazia parte desse consenso a meta "coca zero", de erradicação do plantio da coca, produto tradicional e fonte de subsistência de grande parte do campesinato boliviano, por pressão dos Estados Unidos. Os indicadores sociais eram alarmantes: 76% da população em situação de pobreza e 50% de pobreza extrema, sendo índios 65% dos pobres bolivianos, além de uma taxa nacional de emprego de 13%, sendo cerca de 70% dos empregos baseados em relações semiassalariadas (GUTIERREZ & LORINI, 2007).…”
Section: Ii1 a Novidade Social-democrataunclassified
“…Ele levou à privatização de várias empresas estatais pequenas, além da Corporação Mineira da Bolívia (Comibol) (GUIMARÃES, DOMINGUES & MANEIRO, 2005). Assim, o documento, de autoria do economista estadunidense Jeffrey Sachs, resultou no fechamento de várias minas, com 25 mil mineiros desempregados precisando migrar para outros setores, como o agrário (GUTIERREZ & LORINI, 2007). Grande parte passou a plantar coca, como foi o caso do próprio Evo Morales, no Chapare, província rural no norte da região de Cochabamba.…”
Section: Ii1 a Novidade Social-democrataunclassified