Neste ensaio, apresento uma agenda para novo desafio da Sociolinguística, no quadro da esperança social. A agenda se consubstancia em ações, apresentadas no gerúndio: constatando o que se passa no mundo das ideias, como as pessoas se movem dentro de imaginários, representações e percepções sociais contingentes; desvelando o caráter violento da produção cultural e gramatical em que as pessoas se movem; aprendendo a lidar com a linguagem culta fascista e integrando o movimento de resistência, resiliência e esperança social; interagindo com Latour (2001), Stoer et al. (2004), Fairclough (2016) e Rorty (2000, 2002, 2005), na agenda da esperança social, e da cidadania reclamada; examinando as metas do Grupo de Trabalho de Sociolinguística da Associação Nacional de Pós-Graduação em Letras e Linguística (ANPOLL), no plano do biênio 2018-2020; formulando uma agenda da sociolinguística da esperança social, a partir das aberturas desse plano; buscando parcerias multi, inter e transdisciplinares com correntes socialmente comprometidas de funcionalismos, gerativismos, gramáticas das construções, teorias ator-rede, e postulados da linguística da resistência, da resiliência e do neopragmatismo de Rorty; detalhando estratégias da agenda contingente sobre o discurso do sujeito coletivo, para coleta e análise de dados de grupos vulneráveis, e para estratégias de enfrentamento à opressão; e por fim, contribuindo com a formulação de políticas públicas ligadas a demandas da educação linguística para a esperança social.