2002
DOI: 10.1590/s0101-32622002000200005
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Adolescentes como autores de si próprios: cotidiano, educação e o hip hop

Abstract: Este artigo pretende discorrer sobre o cotidiano de adolescentes urbanos, mais especificamente as culturas juvenis, com o objetivo de apreender outros significados de ser adolescente no contexto contemporâneo e suas implicações em processos educativos. Diante da diversidade de culturas juvenis existentes atualmente, ressaltamos o movimento hip hop. Os adolescentes participantes desse movimento são descritos como protagonistas de seu próprio processo educativo, no qual deixam de ser meros atores e agentes de um… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
0
0
44

Year Published

2008
2008
2016
2016

Publication Types

Select...
5
3

Relationship

0
8

Authors

Journals

citations
Cited by 32 publications
(44 citation statements)
references
References 2 publications
(2 reference statements)
0
0
0
44
Order By: Relevance
“…Contraditoriamente, o posicionamento anterior convive com uma visão do adolescente como parceiro social, sujeito capaz de participar ativamente do contexto no qual se insere (MAGRO, 2002). É bem verdade que, entre os eixos de significação institucionais que emergiram, a discussão sobre adolescência não desce à raiz dos processos de mudança que configuram esse momento do desenvolvimento.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Contraditoriamente, o posicionamento anterior convive com uma visão do adolescente como parceiro social, sujeito capaz de participar ativamente do contexto no qual se insere (MAGRO, 2002). É bem verdade que, entre os eixos de significação institucionais que emergiram, a discussão sobre adolescência não desce à raiz dos processos de mudança que configuram esse momento do desenvolvimento.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Entretanto, enquanto sujeitos ativos, os adolescentes se mostram capazes de ultrapassar um modelo social que os exclui, idealiza e controla, e de se apresentarem como autores de si próprios, construindo novas formas de ser, ao criar possibilidades existenciais, sociais e políticas inovadoras (MAGRO, 2002;OZELLA, 2003;LOPES DE OLIVEIRA, 2006). Sendo assim, o desinteresse no aprofundamento do estudo da adolescência contribui para a fomentação de visões estereotipadas, distorcidas e fragmentadas do adolescer (LOPES DE OLIVEIRA, 2006), o que torna relevante e necessária a realização de investigações críticas sobre o desenvolvimento adolescente, especialmente estudos que tomem por base contextos socioinstitucionais que contradizem as construções histórico-sociais dominantes em torno da adolescência.…”
unclassified
“…Nesses espaços, seus integrantes desenvolvem, por meio do ensino e da aprendizagem coletiva, conteúdos para além da educação formal, pautados em suas vivências (Magro, 2002).…”
Section: "Vou Logo Dizendo Que Não é Todo Mundo Que Vai Sentar Com Vounclassified
“…A escolarização, como conseqüência, estabeleceu um processo de separação entre seres adultos e seres em formação... (Magro, 2002, p. 65) Logo, a retirada das crianças do mundo do trabalho torna os adolescentes um grupo etário delimitado, que vive uma fase em que o indivíduo não possui ainda as responsabilidades dos adultos, sendo tutelado pelos pais e/ou Estado e com o direito e o dever de ficar nas escolas. A educação foi um fundamento histórico para o ordenamento do mundo moderno: os adolescentes e crianças tornam-se seres em formação, e os adultos passam a representar a ordem já estabelecida (Magro, 2002). Os adultos produtivos têm o papel de transmitir essa ordem às novas gerações.…”
Section: Adolescênciaunclassified
“…Isso reforça a noção de que o adolescente ainda não alcançou uma competência crítica, social e política, e cria a necessidade de uma pedagogia do controle. Então, o lugar social destinado pela sociedade moderna ao adolescente caracteriza-se pela ambigüidade de um ideal e algo a ser modelado e adaptado (Magro, 2002;Ozella, 2002).…”
Section: Adolescênciaunclassified