O Contrato De Gláucon

Abstract

1 rESumo: O Livro II da República de Platão se inicia com um desafio de Gláucon para Sócrates, onde este deve provar que o homem justo é, de toda maneira, melhor do que o injusto. Para isso, pedirá que Sócrates defenda a justiça por si mesma e censure a injustiça. O discurso de Gláucon pode ser dividido em três partes, sendo a primeira dedicada à origem e à natureza da justiça; a segunda irá indicar a justiça como algo necessário, mas não como um bem; e a terceira, na qual ele irá tentar provar que a vida do injusto é melhor do que a do justo. Neste trabalho, iremos nos centrar em seu primeiro argumento e de que maneira Gláucon defende a justiça através de um contrato. No Livro II da República de Platão, Gláucon pedirá que Sócrates defenda a justiça por si mesma e censure a injustiça, pois diz se sentir em aporía ao ouvir Trasímaco e milhares de outros [μυρίων ἄλλων] falarem que a vida do injusto é melhor do que a do justo, ao passo que falar a favor da justiça, como sendo superior a injustiça, ainda não ouviu ninguém falar, como é sua vontade. Por isso, irá reafirmar seu desafio a Sócrates de ouvir o elogio da justiça αὐτὸ καθ' αὑτό 2 . No intuito de retomar Trasímaco, irá, dessa forma, dividir o seu discurso em três partes, as quais pretenderemos seguir em nosso trabalho: PAlAvrAS-cHAvE:πρῶτον μὲν ἐρῶ δικαιοσύνην οἷον εἶναί φασιν καὶ ὅθεν γεγονέναι, δεύτερον δὲ ὅτι πάντες αὐτὸ οἱ ἐπιτηδεύοντες ἄκοντες ἐπιτηδεύουσιν ὡς ἀναγκαῖον ἀλλ' οὐχ ὡς ἀγαθόν, τρίτον δὲ ὅτι εἰκότως αὐτὸ δρῶσι· πολὺ γὰρ ἀμείνων ἄρα ὁ τοῦ ἀδίκου ἢ ὁ τοῦ δικαίου βίος, ὡς λέγουσιν.

Religious morality, secular morality and the search for moral relativism in the West

“…The debate over what is from nature and what is a result of social conventions in humankind's life is old and involves, to a large extent, the understanding of physis and nomos, which meanings were used in different ways through classical antiquity, including an idea of an opposition between them (1). The physis was acknowledged as the "nature, human nature.…”

“…From the perspective of this "opposition", the sophists investigated the morality as to its origin: would it be a subject of nature (physis) or convention (nomos)? (1). It is still occasionally questioned if: is the moral born with humankind or is it acquired?…”