“…Nesse caminho, a consciência é tomada como resultado de um processo que se iniciou desde a seleção dos estímulos pelos órgãos dos sentidos, passando pelos neurônios da percepção e da memória, para que finalmente o material adquira qualidade e se apresente de forma consciente nos neurônios ω. Embora não esteja óbvio o caráter processual da consciência no texto freudiano, essa é a mesma posição defendida por diversos comentadores (Menéndez, 2011;Peixoto & Oliveira, 2012;Casanave, 2008). Assim, como a consciência é responsável por fornecer qualidades para o processo psíquico, torna-se mais convincente pensá-la em conexão com órgãos de sentido ou invés de órgãos do sentido -isto é, entender a qualidade fornecida por ω como um sentido para as associações representacionais em ψ.…”