Este artigo é resultado de um Curso de Seminário Avançado na PUC-SP, com o título – “Schelling, Shopenhauer e Peirce – afinidades eletivas sobre ontologia da arte”, que também foi apresentado no 20º Congresso Internacional de Pragmatismo. Em síntese trata-se da amplitude do conceito romântico de Infinito, no que se assevera a busca das coisas dessemelhantes presentes no ritmo e na música em si. Essa busca ocorre na filosofia de Schelling, que de certo modo, ao roteiro da sua fenomenologia, apresenta as categorias, seu encantamento e sua exudação pela música como referência do que se compreende por Infinito. A filosofia sempre estabeleceu um infinito diálogo com a música, e na constatação dos ímpares thaumáticos, passando por Agostinho e Kant, Schelling nos coloca no caminho do sublime com a mais universal das artes reais, com o protótipo da natureza em sua composição nuclear, qüiditas, totalizando o “todo-em-um”, o que nos revela, enquanto atenção na pesquisa, a ideia da música, do ritmo enquanto possibilidade da indiferença janela aberta do infinito.