2012
DOI: 10.1590/s0100-85872012000100007
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Introdução ao Dossiê Religião e Espaço Público: repensando conceitos e contextos

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“…De fato, o campo temático sobre religião no espaço público, em que realizei meus primeiros estudos, nasce justamente da consideração da inadequação dessa presença, dado que se supunha que a racionalidade científica iria invariavelmente suplantar as crenças e referências religiosas na organização da vida social (cf. Pompa: 2012). As distinções categóricas entre religião e Estado, público e privado, moderno e pré-moderno emergem, assim, como valores na modernidade e, por conta disso, tem de ter seu potencial analítico reconsiderado.…”
Section: O Ajeun Ilerá Como Efeito E Produtor De Relaçõesunclassified
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“…De fato, o campo temático sobre religião no espaço público, em que realizei meus primeiros estudos, nasce justamente da consideração da inadequação dessa presença, dado que se supunha que a racionalidade científica iria invariavelmente suplantar as crenças e referências religiosas na organização da vida social (cf. Pompa: 2012). As distinções categóricas entre religião e Estado, público e privado, moderno e pré-moderno emergem, assim, como valores na modernidade e, por conta disso, tem de ter seu potencial analítico reconsiderado.…”
Section: O Ajeun Ilerá Como Efeito E Produtor De Relaçõesunclassified
“…É deste segundo campo, sobre religião e espaço público, que emerge o interesse por fazer colapsar esses pares conceituais tão duramente definidos, a partir do reconhecimento das suas limitações como referencial teórico para pensar as dinâmicas e possibilidades de existência para o religioso na contemporaneidade. Nesse sentido, como introdução ao dossiê "Religião e espaço público", Cristina Pompa (2012) indicou que todos os textos contidos no dossiê buscavam escapar das polarizações entre sagrado/profano, público/privado, religioso/secular por meio do deslocamento para outras "dimensões analíticas, mobilizando conceitos como interação, fluxo, trânsitos, mediação, construções discursivas, negociação, códigos compartilhados" (Pompa 2012: 163). Tal esforço decorre do reconhecimento de que "o 'religioso' e a 'sociedade' se constroem mutuamente e que o espaço público constitui um campo privilegiado para observar tais interações" (Birman: 2003: 13).…”
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“…Demonstram também que a agenda política desses grupos cristãos privilegia as questões morais e que isto seria uma forma de reação ao avanço do feminismo e do movimento pela diversidade sexual na sociedade (Burity 2006;Machado 2010;Mariano 2011;etc.). Nesse sentido, a despeito das divergências teóricas, observa-se uma forte tendência dos estudiosos interpretarem a participação desses religiosos no cenário político não como elemento extemporâneo que teima em resgatar formas pré-modernas de organização social, mas sim como um elemento constitutivo da própria esfera pública brasileira (Pompa 2012).…”
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“…aos espaços políticos não institucionais dos fóruns, conselhos e marchas, problematizando a questão da permuta dos valores e dos discursos, definidos previamente como religiosos ou como políticos em contextos práticos e discursivos da interação entre segmentos sociais e setores governamentais encarregados da legislação de políticas públicas. (Novaes, 2012;Pompa, 2012) Partindo de análise semelhante, Silvia Regina AlvesFernandes (2007) propõe em seus estudos investigar em que proporção o pertencimento a uma instituição religiosa (pentecostal e católica) promove ou não a participação de jovens em manifestações políticas ou em política partidária, contraponto a mesma questão para os jovens que se afirmam sem religião. Fernandes trabalha com a hipótese de que a religião se configura, no Brasil, como uma influente variável para a compreensão de aspectos e segmentos da sociedade e, por acréscimo, para a análise do comportamento juvenil, como, por exemplo, uma possível crise de associativismo.Procurando entender o apelo que tais comunidades têm para os jovens, a autora propõe identificar similaridades entre as experiências nas 'comunidades de vida no Espírito Santo' e outras experiências com conteúdos diversos que também atraem os jovens.Nesse sentido, a tentativa das 'comunidades de vida' de relacionar juventude e virtuosismo ajudaria a entender também a atração dos jovens por outras vivências e práticas extremas, como, por exemplo, as revolucionárias.Além destas pesquisas que tematizam a juventude como tema principal, tomando como variável a religião, há também as pesquisas que delineiam características da juventude sob o ponto de vista dos estudos da religião.…”
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