“…aos espaços políticos não institucionais dos fóruns, conselhos e marchas, problematizando a questão da permuta dos valores e dos discursos, definidos previamente como religiosos ou como políticos em contextos práticos e discursivos da interação entre segmentos sociais e setores governamentais encarregados da legislação de políticas públicas. (Novaes, 2012;Pompa, 2012) Partindo de análise semelhante, Silvia Regina AlvesFernandes (2007) propõe em seus estudos investigar em que proporção o pertencimento a uma instituição religiosa (pentecostal e católica) promove ou não a participação de jovens em manifestações políticas ou em política partidária, contraponto a mesma questão para os jovens que se afirmam sem religião. Fernandes trabalha com a hipótese de que a religião se configura, no Brasil, como uma influente variável para a compreensão de aspectos e segmentos da sociedade e, por acréscimo, para a análise do comportamento juvenil, como, por exemplo, uma possível crise de associativismo.Procurando entender o apelo que tais comunidades têm para os jovens, a autora propõe identificar similaridades entre as experiências nas 'comunidades de vida no Espírito Santo' e outras experiências com conteúdos diversos que também atraem os jovens.Nesse sentido, a tentativa das 'comunidades de vida' de relacionar juventude e virtuosismo ajudaria a entender também a atração dos jovens por outras vivências e práticas extremas, como, por exemplo, as revolucionárias.Além destas pesquisas que tematizam a juventude como tema principal, tomando como variável a religião, há também as pesquisas que delineiam características da juventude sob o ponto de vista dos estudos da religião.…”