“…Mais de 95% de todas as GE são tubárias. As mulheres com essa patologia de localização tubária (GET), além de apresentarem um índice aumentado na taxa de infertilidade, também têm um risco aumentado para GET em gestações futuras 2 . Os fatores de risco associados a GE mais observados na literatura são: GE prévia, história de cirurgia tubária, tabagismo, uso de dispositivo intrauterino (DIU), história de abortos espontâneos, endometriose, laqueadura prévia, anticoncepção de emergência, infertilidade feminina, anomalias congênitas do útero, história de doença inflamatória pélvica (DIP), raça, história de infecções sexualmente transmissíveis (DST's) e múltiplos parceiros sexuais 5 . Diante da diversidade de fatores de risco e dificuldade de se estabelecer esses riscos em diferentes populações, o diagnóstico de GE segundo a literatura 6 tem se embasado especialmente na associação da ultrassonografia transvaginal e dosagem do β-HCG gonadotrofina coriônica humana como método de diagnóstico desta enfermidade 6 . Na abordagem diagnóstica há de se considerar que a gravidez ectópica tem se comportado de maneira diferenciada nas últimas décadas, o que muda de maneira drástica seu diagnóstico, o qual antes era feito baseado na presença de choque hemorrágico por ruptura da GE, agora já tem sido feito por um quadro de sintomas não específicos, que ocorrem antes da ruptura 6 Por serem incomum as descrições de gravidez ectópica após laqueadura, objetivase neste artigo atentar profissionais de saúde para esta suspeita diagnóstica, por vezes pouco lembrada no cotidiano.…”