Caracterização de isolados de Acidovorax avenae subsp. citrulli

Abstract

Foram caracterizados 41 isolados de Acidovorax avenae subsp. citrulli com base em aspectos fisiológicos e bioquímicos. Todos os isolados induziram sintomas típicos da mancha-aquosa em plântulas, plantas e frutos de meloeiro (Cucumis melo) e melancieira (Citrullus lanatus). Pelo teste de agrupamento de Scott-Knott (P = 0,05) os isolados foram separados quanto ao índice de doença em 5 e 7 grupos, respectivamente para plântulas de meloeiro e melancieira, e em 2 grupos para plantas das duas hospedeiras. Em frutos, os isolados foram separados em 3 e 10 grupos para a variável diâmetro da lesão externa e 2 e 9 grupos para profundidade da lesão, respectivamente para melão e melancia. Todos os isolados induziram reação de hipersensibilidade em fumo (Nicotiana tabacum); utilizaram os compostos asparagina, L-leucina e DL-ácido lático; produziram enzimas lipolíticas e o fitohormônio ácido indol acético; foram sensíveis a oxicloreto de cobre (120 µg mL-1), óxido cuproso (120 µg mL-1), hidróxido de cobre (138,2 µg mL-1), sulfato de estreptomicina (25 µg mL-1) e Agrimaicin 500 (428 µg mL-1); e resistentes a kasugamicina (87 µg mL-1), agrimicina (200 µg mL-1), eritromicina (15 µg), gentamicina (10 µg), amoxicilina (10 µg), neomicina (30 µg), estreptomicina (10 µg), norfloxacina (10 µg) e rifampicina (5 µg). Nenhum isolado apresentou atividade pectinolítica, amilolítica, celulolítica e proteolítica ou produção do polissacarídeo levana e da toxina siringomicina. Foi constatada variabilidade entre os 41 isolados de A. avenae subsp. citrulli quanto à sensibilidade à tetraciclina (30 µg), sendo 41,5% resistentes, 46,3% moderadamente sensíveis e 12,2% altamente sensíveis.

Polyphasic analysis of Acidovorax citrulli strains from northeastern Brazil

“…Our results agree with those obtained in other studies (Silveira et al, 2003;Oliveira et al, 2007). Although hostrelated groups were not observed, the watermelon and 'melão-pepino' strains exhibited only low or moderate virulence on melon.…”

“…Athena when both were inoculated with 10 strains of A. citrulli representing groups I and II (Walcott et al, 2004). Moreover, the pathogen virulence was generally demonstrated to be host specific (Burdman et al, 2005;Oliveira et al, 2007), indicating that melon strains were more virulent to melon than to watermelon, and vice versa. A majority of the A. citrulli strains induced cavity formation in melon fruit pulp, which is a characteristic of moderate or high virulence.…”

“…Amylase, protease, pectinase and cellulase activities were mentioned as A. citrulli virulence factors (Schaad et al, 1978;Walcott et al, 2004;Burdman et al, 2005), but the role of such enzymes in A. citrulli virulence on fruit tissues remains to be determined (Burdman et al, 2005). In contrast, the production of amylolytic, proteolytic, pectolytic and cellulolytic enzymes was not detected in 41 A. citrulli strains, even if lipolytic activity was detected (Oliveira et al, 2007).…”

“…Nevertheless, Oliveira et al (2007) found that several of these strains used L-leucine, including Ac1, Ac1.5, Ac1.12 and AcR2. These melon strains, respectively named by Walcott et al (2004) as AAC201-21, AAC201-23, AAC201-22 and AAC201-24, did not use L-leucine.…”

“…In Brazil, differences in virulence were also observed in 41 A. citrulli strains tested on melon and watermelon seedlings, plants and fruits (Oliveira et al, 2007). Moreover, 22 strains from melon and watermelon were compared by biochemical, pathogenicity, serological and molecular assays, and only cross inoculation showed different pathogenicity groups (Melo et al, 2014).…”