“…7 Até a década de 1920 [...], escritos de militantes operários descrevem uma paisagem de chaminés, galpões industriais, maquinismos e toda a sorte de inovações técnicas [...] celebrado como sinais de um devir utópico, no qual a sujeição da natureza prometia ruptura com o império da necessidade (GANDRA, SILVEIRA, 2012: 81). 8 Referimo-nos, dentre outros, aos efluentes da fabricação de fertilizantes (MIRLEAN; OSINALDI, 2004), metais pesados (BENDATI; DICK, 2007;FRAGOMENI et al, 2010;SILVA, 2011), agrotóxicos (SÁ, 2006) e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (THEODOSIO, 2002), agentes mutagênicos e carcinogênicos ao homem e aos animais (JACQUES et al, 2007). suas implicações em termos de insalubridade para os operários e nos transtornos respiratórios para a população local (SANCHEZ, FERREIRA, GALIAZZI, 2011). Paradoxalmente, entretanto, a maior parte da população local parece não perceber ou se sentir atingida por tais circunstancias.…”