, sendo também utilizada na determinação da força de interação metal-aminoácido 6 . Com o intuito de obter equações empíricas que possibilitassem a estimativa dos parâmetros termoquímicos anteriormente citados, bem como de estudar, através das técnicas termoanalíticas, o comportamento físico-químico de adutos, foi estabelecida 7-10 uma série de equações empíricas. As equações correlacionam um parâmetro termogravimétrico, a saber, a temperatura termodinâmica do início da degradação térmica do aduto, t i * , e os parâmetros termoquímicos. Adutos do grupo do zinco ou do arsênio com uma série de ligantes monodentados, cujo átomo doador é o oxigênio, nitrogênio ou enxôfre, foram utilizados para o estudo.A presente publicação tem por objetivo verificar se as correlações estabelecidas entre o valor de t i e os parâmetros termoquímicos para adutos aplicam-se também a complexos, independentemente da natureza do metal considerado. Neste estudo são utilizados os quelatos do tipo [Ln (thd) 3 ], onde thd = 2, 2, 6, 6-tetrametil-3,5-heptanodionato, um ligante bidentado, que apresenta o oxigênio como átomo doador e Ln = La, Pr, Nd, Sm, Gd, Tb, Ho, Er, Tm e Yb. Estes quelatos foram escolhidos por que um amplo estudo termoquímico envolvendo-os já foi efetuado [11][12] .
RESULTADOS E DISCUSSÃOOs valores de t i são 542, 499, 508, 493, 477, 464, 474, 459, 464 e 466 K para os quelatos de La, Pr, Nd, Sm, Gd, Tb, Ho, Er, Tm e Yb, respectivamente 11 , conforme obtido por termogravimetria. Na Figura 1 apresenta-se uma curva dos valores de t i como função do número atômico para os quelatos estudados.Como pode ser observado, de um modo geral, t i diminui com o aumento do número atômico, com ligeiros aumentos observados ao passar-se de Pr para Nd, de Tb para Ho e de Er para Tm. A maior estabilidade térmica do quelato de La pode ser atribuída à configuração do íon La 3+ , idêntica à do Xe, uma vez que a decomposição térmica homolítica deste quelato: [La(thd)] (g) = Ln (g) + 3 tdh• (g), levaria à formação de La 0 . Assim, constata-se que os valores de t i encontram-se efetivamente associados às propriedades intrín-secas de cada quelato.Os valores de temperatura de fusão para a mesma seqüência de quelatos apontada anteriormente são: 518, 489, 488, 469, 454, 451, 456, 453, 442 e 438 K, respectivamente 11 . Uma curva de t fus como função de ti é apresentada na Figura 2. * Podemos definir t i como sendo a temperatura em que uma variação de massa de 1% (em relação à massa inicial) possa ser observada na curva TG.