Introdução: O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo e sua incidência vem aumentando progressivamente ao longo dessa última década. Devido aos programas de rastreamento mamográfico, de acordo com a faixa etária, a taxa de mortalidade por câncer de mama diminuiu em 31%. Com o aumento do número de exames de rastreamento houve aumento, também, da quantidade de lesões suspeitas diagnosticadas e, consequentemente, um aumento na indicação e realização de biópsias mamárias. Com o auxílio das categorizações que o American College of Radiology publicou, segundo o Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS ®), foi possível padronizar os laudos e as descrições das lesões mamárias, tanto na mamografia quanto na ultrassonografia, facilitando a tomada de decisão perante a lesões de aspecto suspeito. Objetivo: Avaliar o valor preditivo positivo (VPP) das lesões mamárias não palpáveis nas quais foi realizada biópsia no Serviço de Radiodiagnóstico do Hospital Naval Marcílio Dias. Método: Estudo retrospectivo e analítico de 88 pacientes submetidas a biópsias mamárias guiadas por estereotaxia no período de dezembro de 2015 a dezembro de 2016 com diagnóstico suspeito de lesões malignas, classificadas no BI-RADS ® mamográfico em categorias 4 e 5, com posterior correlação com os laudos histopatológicos. Resultados: Foi encontrado alto valor preditivo positivo na categoria cinco e, nas lesões classificadas como categoria quatro, o VPP foi menor, aumentando progressivamente com as subcategorias. Conclusão: A categorização BI-RADS ® é um preditor eficaz para o risco de malignidade nas lesões suspeitas na mamografia. PALAVRAS-CHAVE: Câncer de mama; mamografia; biópsia estereotáxica; diagnóstico histopatológico; BI-RADS ® .