Introdução: O câncer de mama está entre os tumores mais comuns em mulheres. Os métodos convencionais de imagem para avaliação dos nódulos mamários (Ultrassonografia e mamografia) apresentam altas taxas de sensibilidade, porém cursam, ainda, com grande número de falsos positivos. Neste sentido, diversos autores têm descrito que a elastografia pode auxiliar nesse processo. Trata-se de uma ferramenta relativamente recente que é disponível em alguns dispositivos de Ultrassonografia (USG) e avalia a deformidade do tecido em resposta a uma compressão imposta, promovendo informações acerca da elasticidade/rigidez do tecido. Tendo isso em vista, o objetivo do presente estudo é avaliar a eficácia da elastografia para diferenciar os tipos histológicos de nódulos e comparar sua eficácia com a classificação de BI-RADS. Método: Trata-se de um coorte prospectivo que realizou ultrassonografia padrão e com elastografia strain em pacientes com nódulos de mama. A biópsia foi realizada quando necessária. Os valores do percentual de área rígida (AR), identificados pela elastografia, foram comparados entre as diferentes classes da classificação tradicional de BI-RADS, bem como foram comparados entre o grupo benigno e maligno, caracterizados a partir dos achados histopatológicos. Resultados: Ao todo, 128 pacientes do sexo feminino foram incluídas no estudo. Foi demonstrado que os grupos BI-RADS 4B, 4C e 5 apresentam valores maiores de percentual de AR. Demonstrou-se uma diferença estatisticamente significativa entre o % de AR nos tumores benignos e malignos. Conclusões: Os achados da elastografia associados ao cálculo de área rígida podem aumentar a probabilidade diagnóstica de câncer de mama, podendo ser usados na avaliação mamária rotineira.