Fatores de risco clínicos e ultra-sonográficos relacionados à litíase vesicular assintomática em mulheres

Abstract

OBJETIVO: Analisar variáveis clínicas e ultra-sonográficas, como presença ou ausência de barro biliar, espessura da parede e medida transversal da vesícula biliar, idade, paridade, presença ou ausência de diabetes mellitus associadas a litíase vesicular assintomática, bem como determinar a sua prevalência em pacientes submetidas ao exame ultra-sonográfico. MATERAIS E MÉTODOS: Foram analisadas, em estudo prospectivo, 265 pacientes do sexo feminino, atendidas na Escola de Ultra-sonografia e Reciclagem Médica de Ribeirão Preto, durante o período de janeiro a setembro de 2001. RESULTADOS: Evidenciou-se diferença estatisticamente significativa relacionada à litíase da vesícula biliar e espessura da parede da vesícula biliar, barro biliar, diâmetro transverso da vesícula biliar, faixa etária, paridade, passando de 4,1% nas nulíparas para 39,1% nas multíparas e diabéticas. A prevalência de litíase na vesícula biliar em pacientes assintomáticas foi de 14,7%. CONCLUSÃO: A litíase vesicular assintomática em mulheres ocorre principalmente com o decorrer da idade e da paridade. Os achados ultra-sonográficos mais freqüentemente encontrados foram presença de barro biliar e de espessamento da parede da vesícula biliar.

Prevalence of Cholelithiasis in Patients with Type 2 Diabetes and Obesity in a Basic Family Health Centre in Irecê, Northeastern Brazil

“…In a study, Ferreira et al, found, in a group of patients studied by him, that 9% had diabetes and of these patients, approximately 54% had gallstones, a number considered high for this group. Regarding age, Coelho et al found an average of 59.9 years old [3] [17]. In the results found for patients with cholelithiasis, there was a predominance of women, similar to the study of Nakai et al, in which the frequency of cholelithiasis was 23.8% of women versus 15.5% of men; 14.6% women versus 6.7% men and 26.4% women versus 14.7% men, respectively [5].…”

“…The literature reports higher incidence of gallstone disease in diabetic patients, although this fact may be related to the dietary habits of people with diabetes, the common overweight in this condition or old age, rather than the diabetes itself. However, the autonomic neuropathy, when installed, could be responsible for lithiasic tendency in this group of patients [17].…”

“…It leads to the formation of gallstones; and the gallbladder hypomotility of diabetics that, due to hyperglycemia, leads to autonomic neuropathy, stenosis of the arterioles and reduction of the smooth muscle sensitivity that facilitates the biliary stasis and therefore the formation of stones. Due to the high prevalence of cholelithiasis in patients with diabetes and obese patients supported in the literature [17] [20], it is questioned the utility, during primary health care, the application of abdominal ultrasonography in basic propaedeutic diabetic and obese patients in different degrees facilitates the possibility of cost reduction (treatment of complications) and decreases mortality in this group of patients.…”

“…It is also well documented that there is a relationship between the state of hyperinsulinism, more often in patients with type 2 diabetes mellitus, with the increase of gallstones [19]. Furthermore, the risk of cholesterol stone formation and diabetes are due to a likely gallbladder hypomotility, mainly due to an underlying autonomic neuropathy-diabetic gastroparesis [17].…”

Fatores de risco sociodemográficos e clínicos associados à colecistectomia no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)

“…No Brasil, estudos de prevalência de colelitíase na população geral são escassos (Ferreira et al, 2004). Um estudo prévio analisou 500 pacientes, que procuraram o serviço de ultrassonografia do Hospital Universitário Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão para verificar sintomas não relacionados à vesícula biliar, por meio de ultrassonografia e encontrou frequência de 18,4% de colelitíase incluindo no cálculo as pessoas previamente submetidas à colecistectomia (Torres et al, 2004).…”