Caracterização molecular e diversidade genética de diferentes variedades de abacate por marcadores microssatélites

Abstract

Pertencente à família Lauraceae, o abacateiro compreende três raças hortícolas: antilhana, guatemalense e mexicana. Os marcadores moleculares são uma ferramenta rápida e eficaz para estudos genômicos, uma vez que detectam o polimorfismo diretamente ao nível do DNA e não sofrem qualquer tipo de influência ambiental. Com base nesse polimorfismo, é possível fazer inferências sobre as relações entre o genótipo e o fenótipo dos indivíduos, o que, em última análise, permite aumentar a eficiência dos programas de melhoramento. Diante o exposto, o objetivo foi investigar a diversidade genética entre sete variedades de abacate a partir de 5 lócus de marcadores moleculares microssatélites (SSR). Nas amostras de abacateiros avaliadas, encontrou-se um total de 18 alelos, com uma média de 3,6 alelos por lócus. O dendrograma gerado a partir de análise de agrupamento UPGMA agrupou, separadamente do resto dos genótipos, a cultivar Geada da raça Antilhana, possivelmente por esta variedade ser uma raça pura, e o restante foi agrupado em dois grandes grupos das raças, a Guatemalense e a Mexicana. Os genótipos das sete variedades de abacate apresentam diversidade genética nos cinco lócus de marcadores moleculares microssatélites (SSR) avaliados, o que indica que são materiais promissores para utilização em futuros programas de melhoramento.

Desempenho de seedlings de cultivares comerciais como porta-enxertos para abacateiros \'Hass\'

“…O 'Hass' trata-se de uma cultivar híbrida dos genótipos Mexicano (M) e Guatemalense (G) (RAMÍREZ-GIL et al, 2020) que devido à baixa expressão de genes da raça mexicana acaba sendo filogeneticamente associado à raça guatemalense (BERGH;ELLSTRAND, 1986;MARTINS et al, 2011). Na literatura científica, os relatos sobre os níveis de suscetibilidade da cultivar 'Hass' quando utilizada como porta-enxertos são controversos.…”

“…A ausência de diferenças estatísticas significativas entre seedlings de 'Franco', 'Margarida' e 'Quintal'e os seedlings de 'Hass' pode indicar que todos são suscetíveis ao patógeno (HENAO et al, 2017;. Entretanto, estudos moleculares verificaram similaridades genéticas entre 'Fortuna' e 'Margarida' (MARTINS et al, 2011) e portanto esperava-se maior similaridade entre os seedlings de tais cultivares, o que não foi observado. Tabela 6.…”

“…Como as cultivares copas brasileiras são híbridas das raças antilhana e guatemalense (MARTINS et al, 2011), podem apresentar progênie com resistência/tolerância ao patógeno.…”