Estabilidade de cultivares de milho em três ecossistemas do Nordeste brasileiro

Abstract

RESUMO -No decorrer dos anos agrícolas de 1995, 1996 e 1997, doze genótipos de milho (Zea mays, L.) foram avaliados em 75 ambientes do Nordeste brasileiro, distribuídas nos ecossistemas dos Tabuleiros Costeiros, Agreste e Sertão, em blocos ao acaso, com três repetições, visando conhecer a estabilidade de produção desses materiais. As produtividades médias alcançadas foram altas, atestando o potencial do Nordeste brasileiro para a produção do milho. Os Tabuleiros Costeiros se apresentam como uma nova região para exploração competitiva do milho. Os híbridos mostraram melhor adaptação que as cultivares, sobressaindo o BR 3123, com melhor rendimento, apesar de ser mais exigente, nas condições desfavoráveis, nos três ecossistemas. Os híbridos, à exceção do BR 2121, mostraram boa estabilidade de produção nos ambientes considerados (R 2 >80%). Entre as cultivares de melhor adaptação, apenas a BR 106 mostrou baixa estabilidade nesses ambientes (R 2 =75%). Para o Nordeste brasileiro, a cultivar BR 5033 se aproximou do genótipo ideal proposto pelo modelo.Termos para indexação: Zea mays, interação genótipo x ambiente, variedades, híbridos. STABILITY OF CORN CULTIVARS IN THREE ECOSYSTEMS OF BRAZILIAN NORTHEASTABSTRACT -The production stability of twelve corn genotypes was evaluated in 75 different environments of the Coastal Tablelands, "Agreste" and "Sertão" ecosystems, during the 1995, 1996 and 1997 growing seasons in randomized block design with three replications, aiming at the recommendation of adapted materials. High mean productivities were slightly similar at ecosystem level. Coastal Tablelands should be highlighted as a new competitive area of corn production. Hybrids showed better environment adaptation than cultivars, BR 3123 showing the best yielding in all the three ecosystems in spite of being the most exigent under unfavourable conditions. Except for BR 2121, all hybrids had good production stability in all of the environments considered (R 2 >80%). Among the cultivars with better adaptation, only BR 106 showed low stability in these environments (R 2 =75%). For the Brazilian Northeast, BR 5033 cultivar was the ideal genotype proposed by this model.

Prediction of genotypic values of maize for the agricultural frontier region in northeastern Maranhão, Brazil

“…The overall mean of 128 genotypes was 4892 kg ha -1 , which is still low in view of the potential yield of maize, but is similar to the averages found in experiments with maize in northeastern Brazil, as reported by Souza et al (2002), Cardoso et al (2003), Carvalho et al (2000), Carvalho et al (2002), Carvalho et al (2005) and Arnhold et al (2010). In a study with hybrids only, Arnhold et al (2010) recorded an average of 5593 kg ha -1 , while in this study open-pollinated varieties were evaluated as well.…”

“…These areas are appropriate for maize cultivation, in view of the favorable soil conditions and a climate suited for rainfed grain production, aside from a topography that allows mechanized agriculture (Carvalho et al 2000).…”

Estimativas de parâmetros genéticos na população de milho CMS 35 no Estado de Sergipe

“…A população de milho CMS 35, de porte baixo e ciclo superprecoce, após demonstrar bom desempenho produtivo em diversos ensaios realizados em vários anos e locais do Nordeste brasileiro, mostrou também boa estabilidade de produção nesses ambientes (Carvalho et al, 1992(Carvalho et al, , 2000c(Carvalho et al, , 2001.…”

Adaptabilidade e estabilidade de cultivares de milho no Nordeste brasileiro no triênio 1998 a 2000

“…Interações significativas têm sido detectadas em trabalhos de competição de cultivares, conforme Carvalho et al (1992Carvalho et al ( , 1999bCarvalho et al ( , 1999cCarvalho et al ( , 2000aCarvalho et al ( , 2000b, Arias (1995), Carneiro (1998) Além do preconizado pelo método de Cruz et al (1989), considerou-se como cultivar melhor adaptada aquela que expressou rendimento médio superior à média geral (Mariotti et al, 1976 Cruz et al (1989).…”

“…Nesse caso, o material teria que apresentar estimativa 0 b alta, 1 b e 1 b + 2 b < 1. Apesar disso, a variedade Sertanejo, por apresentar média alta, ser pouco exigente sob condições desfavoráveis ( 1 b <1) e apresentar estimativa de b 1 + b 2 semelhante à unida-**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F. Considerando-se a média geral das variedades, populações e sintéticos (4.583 kg/ha), a população CMS 50 e as variedades BR 106, Asa Branca, São Francisco, São Vicente, AL 25 e Sertanejo e os sinté-ticos Dentado e Duro revelaram boa adaptação no Nordeste brasileiro, concordando com os dados dos trabalhos de competição de cultivares nessa região (Cardoso et al, 2000;Carvalho et al, 2000aCarvalho et al, , 2000b 2. As variedades Sertanejo, São Vicente, São Francisco, Asa Branca e BR 106, de altos rendimentos médios e com tendências de adaptação aos ambientes desfavoráveis, são indicadas para os sistemas de produção dos pequenos e médios produtores rurais.…”