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Abstract

Considerar a diversidade um dos eixos organizadores das representações sociais que se tem sobre o Brasil é, sem dúvida, o fio condutor deste livro, que pretende destacar, sobretudo, a historicidade das representações sociais. Nessa perspectiva, o percurso de Lúcia Pintor S. Villas Bôas é instigante, pelo menos, por três motivos. Primeiro, pela leveza e rigor com que trata uma temática tão complexa, como é a ideia da diversidade, especialmente, quando se tem a necessidade de discutir, hoje, a "identidade" nacional brasileira. Segundo, por sua proposição em "articular os conteúdos das atuais representações sociais de Brasil, associados à diversidade, à produção historiográfica do século XIX" (p.36). E terceiro, por integrar duas perspectivas diferentes de análise, evidenciando, como já apontou Denise Jodelet, no prefácio do livro: "o lugar que a historiografia reserva às representações e a emergência, na corrente de estudo das representações sociais, da consciência da historicidade desta" (p.19-20). Para compor suas ideias, a autora apresenta o estudo, que tem origem em uma pesquisa com 1.029 estudantes universitários de primeiro ano de 23 instituições, públicas e privadas, em sete estados, coordenada pelas professoras Angela Arruda (

180 years of marine animal diversity as perceived by public media in southern Brazil

“…Our study reinforces the value of historical newspapers in providing insightful information on long-term species composition, perceived abundance and the drivers of change in marine biodiversity in Brazil. However, contrary to other records such as official landing statistics, species composition in newspapers reflect distinct socio-ecological contexts, spanning from production to consumption systems, as well as considerations on the cultural and ecological values of some species, which are subject to evolving political, ideological and economic agendas, notably in social contexts with high levels of illiteracy as was the case in the late 19th and early 20th centuries in Brazil [ 52 , 88 , 89 ]. Moreover, we acknowledge that information from newspapers is often fragmented, with substantial temporal and spatial gaps.…”

“…In Brazil, newspapers have been issued since the beginning of the 19th century, and are one of the few sources of information documenting the development of political and economic institutions, and commercial activities over the last centuries [ 49 , 51 , 52 ]. Gallardo et al [ 43 ] have recently shown that historical newspapers retained insightful information on the drivers of anthropogenic impacts on coastal areas of Brazil over the last 150 years.…”