A study of the endocervical columnar cells I - morphology and frequency

Abstract

After the observation of many thousands of histological sections of the endocervical mucosa it became evident that its columnar cells present a great variety of aspects not only those of the surface of the canal but also those of the glands. A classification of these cells was made taking into account the staining affinity, the intensity staining of the cytoplasm, the presence or absence of cilia, the shape and location of the nucleus. The various combinations of these different data made possible the characterization of 26 types of cells which we labelled by the alphabetical letters. Two hundred and fifty cervices obtained by cervical amputation and by hysterectomy were studied. The uteri presented lesions in the course of routine laboratory examination. In each of the 250 histological sections there were specifically counted 2,000 columnar cells which cover the cervical canal and 2,000columnar cells which form the glands. A graphic representation of the frequency of both the superficial and glandular columnar cells was presented; this was given the name EPITHELIOGRAM. The variation of the cellular "composition" of each epithelium is discussed and the frequency of the various cellular types after the count of one million of cells is presented.<br>O estudo minucioso do epitélio da mucosa endocervical possibilitou o reconhecimento de vinte e seis tipos de células cilíndricas, tanto na superfície de revestimento do canal, como nas chamadas glândulas endocervicais. Para a classificação destas 26 células, que tomaram, cada uma, uma letra do alfabeto, foram levados em consideração a intensidade de coloração, a apresença ou não de cílios, a forma e dimensões dos núcleos e sua posição na célula. Foram analisados inicialmente 250 cortes histológicos, sendo contadas especìficamente, em cada corte, 2000 células cilíndricas de revestimento e 2000 células cilíndricas das glândulas. Em cada caso foram anotados, nas tabelas, além dos dados clínicos como a idade da mulher, a presença e o dia do ciclo menstrual e o número de filhos, os dados observados nos cortes histológicos como a intensidade da inflamação, a presença e a extensão da metaplasia, o aspecto do epitélio actocervical, a presença e o número de cistos de Naboth, o número de glândulas endocervicais, a presença e o número de cistos endocervicais, o conteúdo do canal cervical e, finalmente, o tempo decorrido entre a coloração e a leitura da lâmina e o diagnóstico anátomo-clínico. Como o número de células fosse muito grande em cada caso, procurou-se organizar, com auxílio das 26 letras, uma representação gráfica da frequência das diferentes epiteliais ( de revestimento e das glândulas) em ordem númerica decrescente. Esta representação gráfica recebeu o nome de EPITELIOGRAMA. O epiteliograma serviu para mostrar que cada mulher sexualmente madura apresenta "composição celular" própria, individual. Após estudo estatístico de um milhão de células cilíndricas verificamos que as células basófilas (D - E - F - G -H) predominam nas glândulas e as células anfófilas e eosinófilas...