Introdução: a doença arterial coronariana está entre as principais causas de mortalidade, exigindo intervenções em todos os níveis de atenção à saúde. O conceito de resiliência contribui para o conhecimento dos fatores que permitem ao paciente desenvolver condições emocionais sadias para superar as adversidades, como as limitações da doença crônica, adaptando-se sem que isso lhe cause maiores danos. Objetivos: investigar os escores de resiliência e depressão dos pacientes que sofreram o primeiro infarto agudo do miocárdio e que estavam em tratamento multiprofissional em nível de atenção secundária em hospital especializado em cardiologia. Métodos: estudo transversal. Amostra: 102 pacientes. Protocolo: questionário que investigou a situação sociodemográfica, fatores de risco para cardiopatia e questões emocionais; escala de resiliência; e inventário de depressão de Beck. Análise estatística: frequência absoluta e relativa; média e desvio padrão; coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: predominância do sexo masculino (69,6%), idade média de 60,18 anos (±11,26), casado (75,5%), ensino fundamental incompleto (49%) e aposentado (42,2%). Os escores de resiliência oscilaram entre 103 e 175 pontos (147,36 ± 15,18), e os escores de depressão variaram entre 0 e 55 pontos (8,96 ± 9,09), havendo correlação significativa inversa entre eles (r = -0,239; p = 0,015). Observou-se que 60,8% têm resiliência alta e 72,5% têm escore mínimo de depressão. Conclusões: há um fator de proteção alto e um fator emocional de risco baixo, condições ideais para o desenvolvimento da capacidade de enfrentar a doença e suas limitações. Faz-se urgente achar o equilíbrio nas intervenções da equipe multiprofissional, promovendo fatores protetores e amenizando fatores de risco.Palavras-chave: resiliência psicológica; depressão; doença cardíaca coronária.