Em paralelo ao envelhecimento populacional e ao estilo de vida contemporâneo, a incidência de indivíduos vivendo com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é crescente, tornando-a uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. Para realizar uma escolha terapêutica mais assertiva, individualizada e evitar as complicações micro e macrovasculares secundárias ao DM2, é fundamental que os profissionais de saúde conheçam e dominem todos os recursos farmacoterapêuticos disponíveis. Este trabalho trata-se de uma revisão narrativa com o objetivo de discutir as particularidades das opções terapêuticas atualmente disponíveis para o manejo do DM2. Foram pesquisados livros, protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas e artigos acadêmicos disponíveis nas bases de dados Scielo e Google acadêmico, considerando os trabalhos redigidos em idioma português ou inglês. A busca foi realizada em outubro de 2022. Os resultados reforçam que a importância do controle glicêmico para reduzir o risco de complicações é amplamente reconhecida pelos protocolos terapêuticos e diretrizes clínicas vigentes e favorecem a adoção de condutas clínicas baseadas em evidências. Existem muitas opções terapêuticas com eficácia demonstrada no alcance das metas terapêuticas, sendo as principais classes farmacológicas: biguanidas, glitazonas, sulfonilureias, glinidas, inibidores de alfa-glicosidase, insulinas, inibidores de DDP-4, agonistas de GLP-1 e inibidores de SGLT2. As opções de tratamento, no entanto, precisam ser individualizadas de acordo com as características clínicas (risco de hipoglicemia, idade, comorbidades, estágio da doença, complicações do DM2, tolerabilidade e efeitos adversos), sociodemográficas, preferências e valores do indivíduo, favorecendo a prestação de cuidados centrados na pessoa.