Caracterização e distribuição de cronotipos no sul do Brasil: diferenças de gênero e estação de nascimento

Abstract

OBJETIVO: Investigar a tipologia circadiana e as diferenças de gênero em universitários do sul do Brasil. MÉTODOS: Voluntários (736) de 17 a 49 anos preencheram a versão brasileira do Questionário de Cronotipo (QC), tradução do Morningness-eveningness Questionnaire (MEQ) de Horne e Östberg. Medidas de tendência central e dispersão e curva de distribuição dos escores do QC (Kolmogorov-Smirnov) foram calculadas de acordo com gênero (teste t de Student), idade, estação de nascimento e desconforto com o horário de verão (qui-quadrado). RESULTADOS: Foram incluídos 648 indivíduos (36% homens, 64% mulheres), com perdas de 12% por questionários incorretos. A distribuição dos escores do QC evidenciou uma curva normal (amplitude = 18-77; média = 46,6; desvio-padrão = 10,8). Nesta amostra, 32% foram vespertinos, 54% intermediários e 14% matutinos. As médias do QC foram significativamente diferentes (p = 0,003): homens (44,9 ± 10,8) comparados com mulheres (47,5 ± 10,7) e 70% dos que nasceram na primavera e no verão foram vespertinos (p = 0,015), sem associação gênero-estação do ano. CONCLUSÃO: Homens e nascidos na primavera-verão evidenciaram preferência pela vespertinidade, não havendo diferença de gênero com relação à estação de nascimento. Nossos resultados estão de acordo com estudos realizados no hemisfério norte que mostraram, também, uma associação entre a estação de nascimento e o cronotipo.

The Assessment of Medical Students’ Chronotypes

“…Alam et al [1] have showed that students classified as morning-active do not adapt well to nocturnal tasks, due to unsatisfactory sleeping length of time, because they remain dissociated caused by the strict behavior when resting. Afternoon-active students may suffer more sleep deprivation (shortening), caused by the setting time of school appointments or work, establishing a conflict: a preference for sleeping until late but interrupted by an alarm clock.…”

“…The preference for morning-afternoon shifts is the individual difference that ex-plains the variation in the rhythmic expression of biological and behavioral patterns [1] [2]. It allows relate the adaptability and the daily performance when changes are required in sleeping habits, which may affect or disrupt this important functional status [1].…”

“…It allows relate the adaptability and the daily performance when changes are required in sleeping habits, which may affect or disrupt this important functional status [1].…”

Relações entre ocitocina, apego e sono em pessoas com Transtorno de Ansiedade Generalizada

“…Demonstrou-se haver mecanismos biológicos endógenos produtores de tempo, que receberam o nome de "relógios biológicos", pois funcionam de forma sincronizada, semelhante à de um relógio físico, criando um sistema oscilatório chamado "temporização" Os relógios biológicos endógenos, embora geradores de ciclos temporais, não têm funcionamento totalmente independente, pois interagem com sincronizadores ambientais tais como a luminosidade e as estações do ano, e, no caso humano, de modo especial por aspectos sociais, como horário de trabalho ou escolar e costumes culturais (Alam et al, 2008), além de aspectos intrínsecos à pessoa e ao seu funcionamento psicossomático.…”

“…As oscilações externas sincronizadoras dos ciclos endógenos foram chamadas de Zeitgebers, ou "arrastadores", e atuam dentro de determinados limites temporais. No nível neurobiológico, a produção do ciclo vigília-sono parece resultar da interação entre os aspectos circadianos comandados pelos NSQs no hipotálamo, que influenciam outros relógios biológicos relacionados à quase totalidade das células (Man et al, 2016), aspectos homeostáticos (possivelmente ativados pela substância somatogênica adenosina) (Staner, 2003), e pela influência dos aspectos ambientais e sociais externos (Alam et al, 2008 (Staner, 2003;Schwartz & Roth, 2008).…”