Epidemia de hepatite veiculada por gamaglobulina contaminada

Abstract

Fonte 3, Maria G uiom ar Pereira da Silva 4 , José Rodrigues Coura 5Herm ann Gonçalves S chatzm ayr 6 e Léa C am illo Coura 7 Os a u to re s estudaram um a e p id em ia de H e p a tite B em um a in s titu iç ã o localiza da no b a irro de São C risto vã o na cidade do R io de J an eiro, B rasil. O co rre u u m to ta l de 35 casos: 30 e n tre os fu n c io n á rio s da in s titu iç ã o e c in c o e n tre fa m ilia E m d o is dias de ap lica ção, cerca de 120 fu n c io n á rio s receberam a injeçã o de gam a g lo b u lin a , e n tre os quais 2 7 desenvolveram he p a tite . O p e río d o de incub ação m é d io f o i de 11 6 dias. 0 A g H B , testado em 2 6 pacientes, f o i p o s itiv o em 12 (4 6 ,2 % ); o ito pa cie ntes co m te m p o de doença in fe r io r a duas semanas, fo ra m to d o s p o s itiv o s . O s u rto e p id ê m ic o o c o rre u em con dições q u e caracte riz a ra m u m estu do e x p e rim e n ta l, não pla n e ja d o , em seres hum anos. Os au tore s estudaram , além d o s u rto e p id ê m ic o de São C ristovã o, o ito casos vincula dos ao serviço h o s p ita la r o n d e trabalhavam . Esses casos apresentaram características que os d is tin g u ira m dos casos de h e p a tite c o m u m e n te a li tratados. Todos os pa cie ntes eram de elevada classe social, co m o anteced ente de terem to m a d o in je çã o de g a m aglo bulina , da m esm a pro ce d ê n cia daquela qu e o rig in o u o s u rto e p id ê m ic o de São C ristovão. Nesses casos o p e río d o de in cub ação m é d io f o i de 106 dias. Seis dos o ito p a cie ntes fo ra m testados pa ra o A g H B , qu e f o i p o s itiv o em cinco. Onze p a rtid a s da ga m a g lo b u lin a fo ra m testadas, em la b o ra tó rio s de re fe rê n cia da O rganiza ção M u n d ia l de Saúde, en contrand o-se o A g H B em seis (54,5%J. Os a u tore s c o n c lu e m que ho uve algu m a fa lh a grave no processo de p re p a ro da g a m a glo bulina em apreço. E p o r is to deve-se te r reservas q u a n to á noção d ifu n d id a de q u e esse m e d ica m e n to está isento d o risco de tra n s m itir o v íru s he patite . IN T R O D U Ç Ã OEm maio de 1974 os empregados e alguns de seus familiares, de uma empresa localizada no bairro de São Cristovão, Rio de Janeiro, foram atingidos por um surto epidêmico de hepatite. Os casos surgiram em curto período de tem po e, em relação à população exposta ao risco, o seu número foi m uito alto, gerando um problema que exigia solução imediata. Articulou-se uma equipe para esse fim , a qual logrou, em poucos dias, identificar a fo nte de infecção e, com isto, pôde recomendar a adequada medida de controle.Além do surto epidêmico os autores incluem neste estudo oito casos de hepatite ocorridos em pessoas que não tiveram qualquer vínculo com a referida empresa. Essa inclusão se justificou porque esses casos tiveram a mesma fonte de infecção verificada no surto epidêmico. A idenficação do mecanismo de transmissão de cada um dos oito casos só foi possível elucidar após a descoberta da fonte de infecção ao se investigar o surto ep...