A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS) é causada pelo vírus da imunodeficiência humana HIV (vírus da imunodeficiência humana), que tem predileção pelo sistema imunológico, facilitando a ocorrência de infecções oportunistas cuja gravidade é variável. O principal alvo do vírus é o linfócito CD4+. No Brasil, de 2007 até junho de 2017, foram notificados no SINAN 194.217 casos de infecção pelo HIV, sendo 96.439 (15,6%) na região Nordeste e, desses, 1.116 casos na Paraíba. A pele é o órgão mais frequentemente afetado em pacientes portadores do HIV e a sua avaliação é elemento importante no processo diagnóstico e no acompanhamento dos pacientes infectados. O objetivo desse estudo foi avaliar as afecções dermatológicas que acometeram pacientes, acompanhados em um Centro de Referência estadual no atendimento dos casos de HIV/SIDA, situado em João Pessoa/Paraíba, no ano de 2017. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo documental retrospectivo, descritivo, longitudinal com abordagem quantitativa. Entre os 250 pacientes do hospital cujos prontuários foram revisados, 69 (27,6%) apresentaram uma ou mais doenças dermatológicas, sendo a candidíase oral a mais prevalente (31,1%) e, destes, 21 (30,4%) faziam uso de forma irregular ou não faziam uso de TARV. Foi encontrado que quanto mais baixa a imunidade ou quanto mais alta a virulência, mais comum o surgimento de doenças dermatológicas. Diante dos resultados, fica clara a importância das dermatoses no auxílio ao diagnóstico do HIV/AIDS.