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INTRODUÇÃOO câncer do esôfago é a sexta neoplasia mais comum 1 e o carcinoma espinocelular apresenta uma prevalência mundial de 3 a 19:100.000 habitantes 2 . Seu tratamento constitui-se em um grande desafio 3 . O diagnóstico da doença é freqüentemente tardio com predomínio de pacientes nos estádios III e IV, quando a cura é impossível 4 . Estima-se que, em nosso país, aproximadamente 8.941 novos casos de câncer de esôfago foram diagnosticados no ano 2000 segundo o INCA/Ministé-rio da Saúde 5 .As populações de nível socioeconômico baixo 6 possuem maior propensão para desenvolver câncer de esôfa-go, e a alimentação pode exercer uma participação muito importante na gênese desses tumores, cujo risco relativo de incidência é 17 vezes maior entre os consumidores de bebidas alcoólicas.O diagnóstico do câncer de esôfago geralmente é tardio, porque a disfagia só ocorre quando mais de 60% da circunferência do órgão está infiltrada pelo tumor, e sua luz é reduzida para menos de 12mm de diâmetro 7 . Em metanálise de 83.783 pacientes com carcinoma epidermóide de esôfago, num total de 122 publicações, registrou-se que de cada 100 pacientes, 58% foram candidatos à cirurgia e só 39% foram submetidos à ressecção do esôfago, com 18% vivos após um ano e 4% após cinco anos 8 . A complicação mais freqüente foi a fístula traqueoesofágica (4,94% a 15%) 9 .As cirurgias paliativas consistem em desviar o trân-sito alimentar do esôfago, melhorando a qualidade de vida do paciente, além do que, o fato de poder alimentar-se por via oral já determina uma melhora psicológica, vista a intolerância dos estomas 10 .O objetivo deste estudo foi analisar os resultados do tubo gástrico isoperistáltico no tratamento cirúrgico palia-