na adolescência com especial referência à mortalidade materna, Brasil, 1980. Rev.Saúde públ., S. Paulo, 20: 1986. RESUMO: Baseados em publicação oficial sobre mortalidade no Brasil e nos dados do Censo Demográfico (1980), foi estudada a mortalidade na faixa etária de 10 a 19 anos. Apesar da mortalidade de adolescentes ser baixa no seu conjunto, importantes causas de mortalidade foram analisadas. Quase a metade dos óbitos de adolescentes deveram-se a causas externas (47,22% do total). As doenças do aparelho circulatório foram o segundo grupo de causas de morte em importância (6,87% do total), seguidas pelas causas infecciosas (6,36%) e neoplasmas (5,98%). As complicações da gravidez, parto e puerpério foram responsáveis por cerca de 4% dos óbitos de mulheres de 10 a 19 anos, sendo que na faixa de 15 a 19 anos esses óbitos corresponderam a 6,14% do total, ou seja, foram, nessa faixa, o sexto principal grupo de causas de morte. As principais causas de óbito por complicações da gravidez, parto e puerpério foram os estados hipertensivos, as infecções puerperais, as hemorragias e os abortos.
UNITERMOS:
INTRODUÇÃOTradicionalmente, os adolescentes têm sido vistos como um grupo populacional menos exposto ao risco de adoecer e de morrer.Assim é que, em anos próximos a 1980, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, a mortalidade de adolescentes foi sensivelmente menor que a que incide em outras faixas etárias da população. A Tabela 1 mostra, para alguns países selecionados, a mortalidade proporcional de adolescentes, bem como a parcela de população que eles representam.