Desigualdades regionais uma revisão da literatura

Teoria Dos Desequilíbrios Regionais E a Hipótese De Convergência Do Desenvolvimento Para as Regiões Brasileiras

“…Na realidade ele se manifesta em pontos ou polos de crescimento, com intensidade variáveis, o crescimento se transmite através de diversos canais e com efeitos variáveis para o conjunto da economia. Apesar das suas contribuições positivas à teoria, não trata as desigualdades regionais como um processo político e econômico onde a estrutura de poder, transferência de poupanças e desigualdades implícitas nas relações inter-regionais, aparentemente iguais ou equivalentes, têm importância fundamental (COUTINHO, 1973;LIMA;PIFFER, 1999). Silva (2009) destaca que como em outras teorias, a teoria dos polos de crescimento não está isenta de críticas.…”

“…De modo que a economia de minifúndios não só tenderia a originar uma industrialização endógena como também teria menor tendência a desigualdades espaciais, com o desenvolvimento "equilibrado" de um sistema urbano dentro da distribuição lognormal. Já o plantation deixaria como herança forte tendência ao desequilíbrio regional, uma vez que todo o sistema voltado para a exportação reforçaria em excesso a cidade central (em geral porto marítimo), sede dos negócios e da vida das classes dominantes (BALDWIN, 1956;COUTINHO, 1973). Myrdal (1966) foi pioneiro a perceber e ressaltar a natureza autocumulativa das desigualdades regionais como um processo dificilmente reversível em qualquer sistema econômico, face aos mecanismos de causação circular.…”

“…Merhav (1970) acredita que a dependência tecnologia, sendo importada de modo intensivo em capital físico e operando com grandes escalas para os mercados das regiões mais atrasadas, tende a concentrar os setores industriais. A renda concentra-se não somente do ponto de vista funcional, mas também acentuaria significativamente as desigualdades intra regionais (COUTINHO, 1973). Richardson (1980), por sua vez, desenvolve a ideia de Reversão da Polarização (RP).…”