1971
DOI: 10.1590/s0034-75901971000400001
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A teoria geral da administração é uma ideologia?

Abstract: A Evolução da Emprêsa Industrial sob o Capitalismo e a Teoria Geral da Administração como Ideologia. 3. Terceira Fase da Industrialização. 4. Conclusão.

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“…Pela apropriação (ainda que deturpada, como vimos acima) de referenciais teóricos que instrumentalizam em busca da redução do risco da ineficiência ou, como diria o insuperável Tragtenberg (1971), em busca de "harmonias administrativas". Esta vertente dos pseudos estudos críticos em administração caracteriza-se, assim, como as teorias tradicionais, por uma ambigüidade ideológica básica, conforme apontado por Tragtenberg (1971), por restringir-se à vinculação aos microprocessos, isto é, às determinações técnicas focadas exclusivamente nas organizações, em separado da sociedade e que se expressa, como já vimos, na proposição de uma microemancipação a partir de projetos incrementais, nos quais ocorreria a liberação de certas formas de opressão na dinâmica entre elementos emancipatórios e antiemancipatórios "como uma tarefa de engenharia social" (ALVESSON; WILLMOTT, 1992b, p. 461). Trata-se, de modo evidente, de uma opção por atitudes remediadoras, e não transformadoras da ordem dominante, que afronta o núcleo ontológico de qualquer abordagem crítica da vida social.…”
Section: A Microemancipação Não Utópica Ou a Crítica Domesticada Do Uunclassified
“…Pela apropriação (ainda que deturpada, como vimos acima) de referenciais teóricos que instrumentalizam em busca da redução do risco da ineficiência ou, como diria o insuperável Tragtenberg (1971), em busca de "harmonias administrativas". Esta vertente dos pseudos estudos críticos em administração caracteriza-se, assim, como as teorias tradicionais, por uma ambigüidade ideológica básica, conforme apontado por Tragtenberg (1971), por restringir-se à vinculação aos microprocessos, isto é, às determinações técnicas focadas exclusivamente nas organizações, em separado da sociedade e que se expressa, como já vimos, na proposição de uma microemancipação a partir de projetos incrementais, nos quais ocorreria a liberação de certas formas de opressão na dinâmica entre elementos emancipatórios e antiemancipatórios "como uma tarefa de engenharia social" (ALVESSON; WILLMOTT, 1992b, p. 461). Trata-se, de modo evidente, de uma opção por atitudes remediadoras, e não transformadoras da ordem dominante, que afronta o núcleo ontológico de qualquer abordagem crítica da vida social.…”
Section: A Microemancipação Não Utópica Ou a Crítica Domesticada Do Uunclassified
“…Isso é observado quando se comparam as definições que adotam pontos de vista epistemológicos distintos. Enquanto algumas visões de cunho funcionalista defendemque a gestão se trata de um conjunto de procedimentos formais que visam à eficiência econômica (Fayol, 1980;Kotler & Armstrong, 2012), nas perspectivas críticas as afirmativas se baseiam em relativizar a lógica de eficiência nas organizações (Gaiger, 2009;Calbino & Paes de Paula, 2014), além de questionar as ideologias implícitas em seus modos de gestão (Tragtenberg, 1971;Motta, 1981;Alvesson & Willmott, 1992;Faria, 2009 (Singer, 2002(Singer, , 2008Costa 2003).…”
Section: Uma Breve Discussão Da Gestão Na Economia Solidáriaunclassified
“…2011ENGPr ( , 2013, ENAPQ (2007,2009,2011,2013), ANPTUR (2005ANPTUR ( , 2007ANPTUR ( , 2008ANPTUR ( , 2009ANPTUR ( , 2010ANPTUR ( , 2011ANPTUR ( , 2012ANPTUR ( , 2013, ANPCONT (2007ANPCONT ( , 2008ANPCONT ( , 2009ANPCONT ( , 2010ANPCONT ( , 2011ANPCONT ( , 2012ANPCONT ( , 2013, ENE (2001ENE ( , 2003ENE ( , 2004ENE ( , 2005ENE ( , 2006ENE ( , 2007ENE ( , 2008ENE ( , 2009ENE ( , 2010, SIMPOI (2005 a 2013), CCC-USP (2004 a 2013), CBC (1995 a 2013), CIPL (1999CIPL ( , 2003CIPL ( , 2006CIPL ( , 2009CIPL ( , 2012 Por fim, buscou-se compreender quais dimensões da gestão referentes às bases ontológicas viii e epistemológicas, aos princípios, às técnicas e às áreas funcionais do saber administrativo foram abordadas. Considera-se relevante especificar a discussão da gestão em cada uma dessas dimensões de análise, por compreender-se que pensar a gestão para além de um paradigma funcionalista envolve analisar as visões de mundo (ontológicas e epistemológicas) que interferem na elaboração dos princípios e técnicas gerenciais (Tragtenberg, 1971, Burrell& Morgan, 1979Faria, 2009 Desse modo, se nas teorias da gestão tradicional os princípios que sustentam o modo de organização do trabalho se baseiam nas ideias da aceitação da hierarquia, da meritocracia e da divisão do trabalho, nas organizações coletivistas as propostas de se pensar a gestão passam pela necessidade de reestruturação do poder e de sua estrutura organizacional. Observa-se, assim, que a maioria dos autores considera como princípios da gestão coletiva a distribuição equitativa do capital e das rendas, a negação das hierarquias e a implementação de modos de organização do trabalho que conciliam o pensar com o agir (Christoffoli, 2000;…”
Section: No Mesmo Sentido Enquanto Uma Organização De Economiaunclassified
“…Como as teorias que permeiam o universo da administração e das organizações nasceram a partir da primeira Revolução Industrial, que transformou a sociedade moderna da manufatura em uma sociedade contemporânea de grandes corporações (TRAGTENBERG, 1971), essa é uma área de estudos recente. O desenvolvimento desta teoria em meio às críticas que lhe são constantemente direcionadas gera um leque de novas discussões e espaços de pesquisa ainda não abordados, frutos de uma capacidade limitada de autorreflexão (REED, 1998).…”
Section: Palavras Chave: Estudos Organizacionais Práticas De Gestãounclassified