2006
DOI: 10.1590/s0034-73292006000100011
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A política internacional, a conjuntura econômica e a Argentina de Néstor Kirchner

Abstract: IntroduçãoEm 25 de maio de 2003, o ex-governador da província patagônica de Santa Cruz, Néstor Kirchner -do Partido Justicialista (peronista) -assumiu a Presidência da República Argentina, após uma profunda convulsão política. Esse acontecimento deu término ao impasse institucional decorrente da crise econômica e política que derrubou, por pressão e protesto social, o ex-presidente da Aliança (União Cívica Radical, Frepaso 1 e outros partidos políticos) Fernando De la Rúa. Kirchner ganhou as eleições após o ex… Show more

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“…Já nos anos 2000, Brasil e Argentina foram influenciados pelo crescimento chinês, que gerou «rápida expansão da demanda internacional por [produtos agrícolas] e forte aumento no preço [desses produtos]» (Macadar, 2009 De acordo com Bernal-Meza (1999: 46), a orientação da política externa brasileira nos anos 1990 seguira tendências identificadas desde meados dos anos 1970, notadamente as ideias desenvolvimentistas e autonomistas. Assim, «[e]nquanto, a política externa do fim da Ditadura e do Governo Sarney (1985)(1986)(1987)(1988)(1989)(1990) foi pautada ainda pela lógica herdada da Guerra Fria da autonomia pela distância, a política externa de FHC (1995de FHC ( -2002 buscou ser autônoma participando e se integrando ao sistema internacional e a política externa de Lula (2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010), por fim, buscou integrar-se ao sistema internacional por meio da diversificação de parceiros e de opções estratégicas» (Geraldello, 2014: 122 (Vadell, 2006). Porém, o privilégio dado aoMercosul centrou-se nas questões sociais por meio de um «revisionismo crítico dos programas liberalizantes prómercado aplicados nas décadas de 1980 e 1990» (Vadell, 2006: 196), ocasionando um protecionismo comercial frente à UE e ao Brasil (Macadar, 2009;Vadell, 2006).…”
Section: As Políticas Externas Dos Membros Do Mercosulunclassified
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“…Já nos anos 2000, Brasil e Argentina foram influenciados pelo crescimento chinês, que gerou «rápida expansão da demanda internacional por [produtos agrícolas] e forte aumento no preço [desses produtos]» (Macadar, 2009 De acordo com Bernal-Meza (1999: 46), a orientação da política externa brasileira nos anos 1990 seguira tendências identificadas desde meados dos anos 1970, notadamente as ideias desenvolvimentistas e autonomistas. Assim, «[e]nquanto, a política externa do fim da Ditadura e do Governo Sarney (1985)(1986)(1987)(1988)(1989)(1990) foi pautada ainda pela lógica herdada da Guerra Fria da autonomia pela distância, a política externa de FHC (1995de FHC ( -2002 buscou ser autônoma participando e se integrando ao sistema internacional e a política externa de Lula (2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010), por fim, buscou integrar-se ao sistema internacional por meio da diversificação de parceiros e de opções estratégicas» (Geraldello, 2014: 122 (Vadell, 2006). Porém, o privilégio dado aoMercosul centrou-se nas questões sociais por meio de um «revisionismo crítico dos programas liberalizantes prómercado aplicados nas décadas de 1980 e 1990» (Vadell, 2006: 196), ocasionando um protecionismo comercial frente à UE e ao Brasil (Macadar, 2009;Vadell, 2006).…”
Section: As Políticas Externas Dos Membros Do Mercosulunclassified
“…Assim, «[e]nquanto, a política externa do fim da Ditadura e do Governo Sarney (1985)(1986)(1987)(1988)(1989)(1990) foi pautada ainda pela lógica herdada da Guerra Fria da autonomia pela distância, a política externa de FHC (1995de FHC ( -2002 buscou ser autônoma participando e se integrando ao sistema internacional e a política externa de Lula (2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010), por fim, buscou integrar-se ao sistema internacional por meio da diversificação de parceiros e de opções estratégicas» (Geraldello, 2014: 122 (Vadell, 2006). Porém, o privilégio dado aoMercosul centrou-se nas questões sociais por meio de um «revisionismo crítico dos programas liberalizantes prómercado aplicados nas décadas de 1980 e 1990» (Vadell, 2006: 196), ocasionando um protecionismo comercial frente à UE e ao Brasil (Macadar, 2009;Vadell, 2006). Contudo, com a eleição de Mauricio Macri em 2015, o país também fez uma guinada à direita, voltando sua atençãopara a tentativa de concretizar o acordo Mercosul-EU.…”
Section: As Políticas Externas Dos Membros Do Mercosulunclassified
“…Em 1989, deixou o poder o radical Raúl Alfonsín e ascendeu o peronista Carlos Saul Menem; b) os direitos humanos ganharam mais importância; c) no plano econômico estabeleceram-se reformas neoliberais com abertura de mercados e desregulamentação. Javier Vadell (2006) lembra que os centros de poder mundiais (Estados Unidos, instituições econômicas internacionais, grandes bancos, empresas multinacionais e investidores financeiros) apontavam o neoliberalismo como solução para os males para os países subdesenvolvidos e ex-socialistas. Domesticamente, ao contrário do que se poderia imaginar de um governo peronista, Carlos Menem ajudou a aprofundar a liberalização da economia argentina e privatizou várias empresas estatais.…”
Section: Cari No Período Menemunclassified
“…Javier Vadell (2006) resume a nova política externa de Menem em dois pilares: a) a relação preferencial com os Estados Unidos, por meio do princípio das relações especiais ou carnais 27 , tendo como sustento teórico o realismo periférico pensado por Carlos Escudé 28 ; b) a aceitação quase incondicional do paradigma neoliberal, por meio da implementação de cinco políticas: b.1) privatização de empresas públicas; b.2) abertura comercial; b.3) liberalização financeira; b.4) reformas trabalhistas; e b.5) um programa de estabilização por meio de uma taxa de câmbio fixa. Menem apoiou os Estados Unidos em várias iniciativas que antes eram impensadas para o padrão de ação internacional do país.…”
Section: Cari No Período Menemunclassified
“…Sob o comando de Carlos Menem (que ficou na presidência por 10 anos, após ser eleito em 1989), a Argentina obteve um programa de reformas liberalizantes, baseadas em cinco políticas: privatização de empresas públicas, abertura comercial, liberalização financeira, reformas trabalhistas e programa de estabilização (VADELL, 2006). Batista Jr. (2002) discorre que a política monetária e cambial da Argentina, entre os anos de 1991 e 2001, lembrava os tempos da colonização, já que adotou o currency board (conselho da moeda), que possuía como características a fixação da taxa de câmbio em relação ao dólar, a conversibilidade (e no caso argentino a fixação do câmbio ficou no âmbito de um para um), além da definição de um lastro para a moeda.…”
Section: Argentinaunclassified