Multilateralismo e unilateralismo na política mundial: América Latina frente à ordem mundial em transição

Abstract

IntroduçãoO tema do multilateralismo e do unilateralismo na política mundial é fundamental para uma abordagem adequada da "agenda latinoamericana de política exterior". Os países latino-americanos, caracterizados por sua fragilidade em termos de poder na estrutura de poder mundial, estão limitados, em grande medida, no que se refere às suas margens de autonomia de decisão internacional. Dependem da articulação de alianças e das negociações internacionais, do funcionamento de foros, instituições e regimes para poderem conseguir atingir alguns dos seus objetivos de política exterior vinculados ao desenvolvimento e à sua segurança. Essas possibilidades dependem, obviamente, da estrutura de poder existente, do papel representado e da posição adotada pela potência principal.Os Estados Unidos têm enfrentado, desde o final de 1989, o desafio de encontrar uma forma para exercer a hegemonia global. A questão central para a potência tem sido a maneira de resolver o tema da liderança: Artigo * Professor Titular de Relações Internacionais da Universidad Nacional del Centro da Província de Buenos Aires (Argentina) e professor da Universidade de Buenos Aires (bernalmeza@hotmail.com). Este artigo foi traduzido do espanhol por Ricardo Avelar. Rev. Bras. Polít. Int. 48 (1): 5-23 [2005]

América Latina frente a un cambio de época

“…La indiscutible hegemonía estadounidense, posterior a la Segunda Guerra Mundial, no estuvo acompañada por la predominancia del unilateralismo; por el contrario, Estados Unidos impulsó la creación de las mayores instancias multilaterales de gobernabilidad mundial: Bretton Wood -FMI, Banco Mundial, OIC-, sistema de Naciones Unidas, el Acuerdo General del GATT, etc. Aun así, históricamente, los Estados Unidos han oscilado entre el multilateralismo y el unilateralismo (Bernal-Meza, 2005;Malone y Khong, 2003;Santa Cruz, 2017;Stewart y Forman, 2002). En este sentido, la política seguida por Trump no representa una ruptura con la tradición norteamericana, porque no hubo históricamente una línea única de comportamiento internacional y del ejercicio del poder, pero sí respecto de ciertas tendencias favorables al tratamiento multilateral de las agendas, que había caracterizado a los gobiernos demócratas de Clinton y Obama.…”

Soft power, o brilho da espada:o Brasil e a ordem internacional pós 11 de setembro

“…O traço principal deste novo período da política externa norte-americana foi o unilateralismo e norteou a estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos (setembro de 2002), denominada Doutrina Bush. Balizada no mais puro realismo político, ela recolocou a guerra em posição de destaque, trazendo ainda mais incógnitas para a ordem internacional com o princípio das guerras preventivas (BERNAL-MEZA, 2005).…”

International thought in the Lula era

“…Finally, an important theoretical element to influence the Brazilian model of an ideal State should serve as the foremost instrument for insertion in the new global context: the trading state (Rosecrance, 1986), which had already been identified as a source of important influence on Chile's foreign policy (BERNAL-MEZA, 2004) and Carlos Menem's in Argentina(1989Argentina( -1999.…”