Vivências maternais em unidade de terapia intensiva: um olhar fenomenológico

Abstract

Trata-se de uma pesquisa fenomenológica na perspectiva de Martin Heidegger realizada com oito mães acompanhantes, com objetivo de compreender as vivências maternais na UTI do Hospital Infantil Albert Sabin, Fortaleza-CE. As informações foram obtidas pela entrevista fenomenológica, contendo a pergunta-guia: como se mostra a você ser mãe em uma UTI e vivenciar a maternagem nesta unidade hospitalar? Submetidas à análise do fenômeno situado, proposta por Martins e Bicudo. Nas vivências as mães revelaram segurança e medo, esperança e angústia, potencialidades e impotência, preocupações existenciais e expectativas de ser no mundo. Além desses aspectos, as mães revelaram-se como seres autênticos que se libertaram da ocupação, indo ao encontro da pré-ocupação.

Presença da família nas unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal: visão da equipe multidisciplinar

“…20 e a situação se agrava quando a mãe precisa deslocar-se de sua cidade para acompanhar o tratamento do filho, pois podem surgir problemas emocionais, sentimentos de medo, solidão e/ou de abandono e ocorrer uma transformação no modo de ser dessa mãe. 21 O bem-assistir à criança perpassa a orientação e o envolvimento pleno da família neste processo. Adotar cuidados intensivos que visem à estabilização hemodinâmica da criança, sem desumanizar a assistência ou desconsiderar a importância da família para a recuperação da criança, é atitude que deve ser tomada pelos profissionais cuidadores atuantes nestas unidades.…”

A Esperança como Ajustamento Criativo: Reflexões dos Processos de Saúde e Doença em Gestalt Terapia

“…Segundo Moreno, Jorge, e Moreira (2003) ver um filho entre a vida e a morte representa, na maioria das vezes, uma situação desesperadora; para minimizar o sofrimento e até mesmo a dor física e emocional, os pais apontam a esperança como caminho de um mundo compartilhado, de ser-com-outro. São os sentimentos de presença e segurança que sustentam o caminho de esperança que, por sua vez, sustenta o processo de cuidar (Moreno, Jorge, & Moreira, 2003).…”

Feelings of women accompanying children hospitalized in a Paediatric Intensive Care Unit

“…Other studies cited and identified them as main companions of the hospitalized child. [6][7][8][9][10] The variable profession informs that most of them perform an occupation and not a profession. The accompanying mothers face difficult situation as home responsibilities, while they want to fulfil their caregiving duties beside the hospitalized child [14].…”

“…Regarding this role of expectant mothers/women accompanying care and procedures towards their children, feelings such as anxiety, doubt, fear and helplessness are associated [9]. Thus, they demonstrate a great desire to be present and to take part on the assistance towards the child, to minimize the feeling of guilt, often present in the children's illness phase.…”

“…Thus, they demonstrate a great desire to be present and to take part on the assistance towards the child, to minimize the feeling of guilt, often present in the children's illness phase. Mothers' suffering, concerning hospitalization of the children decreases when they are inserted into the context, managing to reorganize their presence, taking care and offering love their children [9].…”