Resumo: Este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão acerca da trajetória das politicas de amamentação no Brasil e da postura que tem sido adorada pelos profissionais de saúde Dente às necessidades da mulher que amamenta. Visa a vivência na prática assistencial destinada a esta clientela e a importância de repensarmos o cuidado dispensado à mulher nessa situação tão singular para ela e para a sua familia. A maternidade, assim como a amamentação, por fazerem parte do ciclo evolutivo das mulheres, representa um momento de crise. Apesar de todas as campanhas de incentivo ao aleitamento materno e do empenho em sua promoção pelos profissionais de saúde. sabe-se que o índice de mães que amamentam ainda é muito baixo. A abordagem do problema está voltada para as vantagens e benef icios do aleitamento materno para a cnança, e pouco se fala das dificuldades emocionais dá mulher que amamenta e de seus conflitos.Palavras-chave: aleitamento materno; desmame; saúde da mulher; assistência integral à saúde.
INTRODUÇÃOA questão da amamentação ou "aleitamento materno" tem sido o nosso foco de interesse há muito tempo, especialmente pela convivência com mulheres que amamentam durante a prática profissional.Temos observado as várias dificuldades geradas por ocasião do aleitamento materno como, por exemplo, os temores da mulher em ser capaz de amamentar ou não, suas limitações físicas e emocionais em função da própria sobrecarga frente às expectativas de todos diante da necessidade de alimentação do recém-nascido.Apesar do grande empenho de entidades governamentais e não governamentais na promoção e apoio ao aleitamento materno e dos avanços nas taxas nacionais nas últimas décadas, a situação do aleitamento no Brasil ainda está longe de ser considerada satisfatória (CARVALHAES & CORRÊA, 2003;REA, 2003;VENÂNCIO, 2003), o que nos leva a questionar a razão desta situação.Uma dessas questões é a afirmação de que "os discursos técnicos e acadêmicos que embasam os Programas de incentivo ao Aleitamento Materno estão dirigidos ao atendimento das necessidades da criança, não contemplando