ResumoO envelhecimento populacional tem aumentado a prevalência de doenças crô-nicas e incapacitantes, as quais levam à limitação funcional, diminuindo a autonomia e a qualidade de vida dos idosos. Limitações funcionais causam dependên-cia para o desempenho de tarefas, ou seja, atividades de vida diária (AVD) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD). A atenção ambulatorial tem aumentado para com os idosos, em vista da demanda por serviços ambulatoriais de reabilitação geriá trica, na qual o fisioterapeuta tem um papel relevante. Este estudo busca conhecer as principais demandas de atendimento fisioterapêutico em ambulatório geriátrico, propondo a estrutura ideal mí-nima desse serviço. Em um estudo transversal, descritivo e analítico, pacientes de um ambulatório de geriatria com sessenta anos ou mais, de ambos os sexos, foram convidados a participar da pesquisa. Os voluntários foram inquiridos sobre as AVD e AIVD e tiveram avaliadas as funções de equilíbrio, flexibilidade articular e função muscular. A presença de doenças, estado mental e depressão foi coletada por consulta ao prontuário médico. Os 55 idosos participantes tinham indicação de acompanhamento fisioterapêutico. Demência e gota foram significativas para perda de AVD e AIVD. Verificou-se também perda significativa para AIVD entre idosos com osteoartrose. Entre as técnicas fisioterapêu-ticas, a mais indicada foi a cinesioterapia motora, que inclui exercícios ativos passivos, resistidos e caminhada orientada. Conclui-se que as doenças crônicas estão associadas à dependência física e que o fisioterapeuta tem um papel importante na reabilitação funcional do idoso ambulatorial. Faz-se necessária a criação de espaço físico dentro de um serviço ambulatorial contendo equipamentos específicos da fisioterapia.Palavras-chave: Fisioterapia. Reabilitação. Geriátrica. Autonomia. Qualidade de vida.