“…eu chorava, mais chorava, chorava,….. eu não queria morrer agora... (R9, feminino, 51 anos, separada, 1º grau incompleto) eu gostaria de ter sabido... que eu ia morrer, aonde, alguma coisa né.. (R6, masculino, 38 casado, 1º grau incompleto) é uma doença que... não vai matar você assim da noite pro dia,... ela pode ir matando você aos poucos,... então quer dizer, esses aos poucos... você vai sofrer de uma tal maneira (R1, masculino, 28 anos, solteiro, 3º grau incompleto) Pelas falas dos participantes, o senso comum considera o câncer como uma das doenças mais temidas pela humanidade, gerando medo, angústia e desespero (BRASIL, 1996a;MILLS;SULLIVAN, 1999;NÁPOLES et al, 2000;RASIA, 2002;SAEGROV;HALDING, 2004;SKOTT, 2002;SONTAG, 1984). Ainda nos dias atuais, essa doença é vista como um processo irreversível, uma sentença de morte e considerada de mau presságio, abominável e repugnante aos sentidos (ALMEIDA, 2003;BERGAMASCO, 1999;FERREIRA, 1994;PINTO, 2003;SONTAG, 1984).…”