The mechanisms of corporate governance in the United States: an assessment

Abstract

Summary: 1. Introduction; 2. The shortage of large active investors in American publicly held firms; 3. The mechanisms of corporate governance in the United States; 4. Incentive-based compensation contracts; 5. Debt; 6. Concluding remarks.Keywords: corporate governance; United States; board of directors; proxy contests; hostile takeovers; the market for corporate control; tender offers; incomplete contracts. JEL codes: G30; G32; G34.This paper aims at evaluating the mechanisms of corporate governance currently at work in the United States. Section 1 turns its focus to the reasons accounting for the still relative scarceness of large shareholders in American publicly held companies. The analysis thereafter concentrates on assessing the efficacy of each of the pillars purportedly buttressing the American system of corporate control. The paper argues that the evidence provided by the existing corporate governance literature supports the following propositions: 1) the legal and regulatory framework actually restrains the scope for expropriating minority shareholders, though at the cost of inhibiting institutional investor activism; 2) as a rule, the board of directors do not comply with their mandatory duty of overseeing management, although some progress has recently been made, with directors in several companies becoming less submissive to chief executive officers; 3) the market for corporate control encounters a great number of difficulties (ranging from legal hurdles to high transaction costs and to serious free-riding problems), which are sufficient to cast a cloud on its reliability as a means of repressing managerial inefficiencies and rent-seeking; 4) competition in the product and capital markets is likely to produce effects only in the long-run.Este artigo tem como objetivo avaliar os mecanismos de governança das empresas nos Estados Unidos. A seção 1 focaliza as razões da ainda relativa escassez de detentores de grandes blo- 470Dante Mendes Aldrighi cos de ações nas empresas norte-americanas de capital aberto. A análise prossegue concentrando-se no exame da eficácia de cada um dos supostos esteios do sistema de governança corporativa naquele país. Argumenta-se que a literatura disponível permite identificar as seguintes características nesse sistema: 1) o sistema regulatório-legal restringe, de fato, o potencial para a expropriação de acionistas minoritários, ainda que ao custo de inibir o ativismo de investidores institucionais; 2) os conselhos de administração, como regra, não cumprem seu papel de efetivamente monitorar os executivos, embora mais recentemente possam ser identificados casos em grandes corporações em que tenham sido mais pró-ativos; 3) o mercado de controle das empresas esbarra em vários tipos de dificuldades (desde empecilhos legais a custos de transação elevados e problemas de free-rider ), suficientes para limitar sua capacidade de coibir ineficiências e rent-seeking dos executivos; 4) a competição nos mercados de produto e de capital pode coexistir por um longo tempo com expropriação...

Cenários da diversidade: variedades de capitalismo e política industrial nos EUA, Alemanha, Espanha, Coreia, Argentina, México e Brasil (1998-2008)

“…Nos EUA predomina o mercado de capitais no financiamento das empresas, ao lado de padrões de governança corporativa marcados pelo controle das gerências sobre a gestão, no âmbito de um padrão pulverizado de propriedade acionária (Abelshauser, 2005;Gourevitch e Shinn, 2005;Aldrighi, 2003;Novaes, 2004;Rabelo e Silveira, 1999;Guimarães, 2007). Nas relações industriais prevalecem os contratos precá-rios e atomizados, e sindicatos, em geral, frágeis.…”

Deregulation, property rights, and legal system

“…However, in civil law countries, legal regulations do not sufficiently protect shareholders, leading to a more concentrated ownership in order to control managers from inside the company and thus diminish agency costs. As in the first case, shareholders are more dispersed, one seldom sees representatives of shareholders on the board of directors in such Anglo-Saxon countries as the United States and the United Kingdom, but rather executives or ex-executives and some independent representatives (Barca and Becht 2001; Bhagat and Black 1998;Black and Coffee 1994;Charkham 1994;Faccio and Lange 2002;Fama and Jensen 1983;Gugler 2001;Gugler and Mueller 2004;Jensen 1993;Mak and Li 2001;Mendes 2003;Rosenstien and Wyatt 1990;Shleifer and Vishny 1997;Short et al 2002;Weisbach 1988). This means that the board of directors is poorly suited to monitoring managers (Mendes 2003).…”

“…Control is performed externally by the market, the market for products, managers and/or by the stock market (Fama 1980). Mendes (2003) analyses the pitfall that can be incurred in the control by the market of products and the stock market. In civil law countries with more concentrated ownership one often finds the representatives of large shareholders on the board of directors which means that they can monitor the managers from inside (Barca and Becht 2001; Berglöf and Perotti 1994;Charkham 1994;Franks and Mayer 1994;Gorton and Schmid 1996;Gugler 2001;Holderness and Sheehan 1988;Kaplan and Minton 1994).…”

Variedades de Capitalismo e os caminhos da Política Industrial Brasileira – elementos para uma análise comparativa

“…Levando em consideração os elementos apontados como importantes para a identificação das diferentes configurações da economia capitalista, nos EUA predomina o mercado de capitais no financiamento das empresas, ao lado de padrões de governança corporativa marcados pelo controle das gerências sobre a gestão, no âmbito de um padrão pulverizado de propriedade acionária (ABELSHAUSER, 2005;GOUREVITCH & SHINN, 2005;ALDRIGHI, 2003;NOVAES, 2004;RABELO E SILVEIRA, 1999;GUIMARÃES, 2007). Nas relações industriais prevalecem os contratos precários e atomizados e sindicatos, em geral, frágeis.…”