Este artigo analisa as séries de câmbio real brasileira calculada a partir de índices de preços ao consumidor para o Brasil e 21 parceiros comerciais no período de 1957 a 2010. O primeiro objetivo deste trabalho será o de avaliar a validade da Paridade do Poder de Compra (PPC) entre Brasil e seus parceiros comerciais através de diversos testes de raiz unitária (ADF, PP, KPSS, Kapetanios et alii (2003) e Bierens (1997)). O segundo objetivo consiste em investigar a hipótese de Taylor (2001) de que a meia-vida é superestimada quando os dados das séries são construídos a partir de um mecanismo de agregação temporal pela média e cujo processo gerador dos dados é linear. O trabalho apresenta elementos para confirmar o argumento de Taylor (2001) de que agregação temporal causa sérias distorções na estimação da meia-vida dos choques da PPC. Os resultados dos testes de raiz unitária lineares (PP e ADF) são desfavoráveis a PPC. Já o teste KPSS, de Kapetanios et alii (2003) e, de Bierens (1997) aplicados a base sem agregação temporal sugerem um cenário bem mais favorável a PPC.
This paper aims to analyze the Brazilian real exchange rate series based on consumer price indexes of 21 trading partners from 1957 to 2010. The first objective is to test the Purchasing Power Parity hypothesis (PPP) using several unit root tests (ADF, PP, KPSS, Kapetanios et alii (2003) and Bierens (1997)). The second objective consists in investigating Taylor hypothesis that the half-life is overestimated when the data is time aggregated and its generating process is linear. Two main conclusions are drawn from the tests. There is clear evidence that the temporal aggregation distorts the half-life estimation as suggested by Taylor (2001). The result of traditional unit root tests suggests that unit root hypothesis cannot be rejected for most of the Brazilian trading partners, whereas the KPSS, (Kapetanios et alii, 2003) and Bierens (1997) tests applied to data without any temporal aggregation suggest the validity of PPP for most of the Brazilian trading partner