O cigarro é composto de quase cinco mil substâncias químicas, muitas delas reconhecidamente maléficas à saúde do ser humano. No Brasil, estima-se que cerca de 200.000 mortes por ano são decorrentes do tabagismo. O hábito de fumar durante o período gestacional propicia o aparecimento de inúmeras patologias que podem se desenvolver desde o período intra-uterino até a vida adulta. Dentre as substâncias químicas lesivas ao feto, destacam-se a nicotina, que está intimamente relacionada com o retardo do crescimento intra-uterino, e o monóxido de carbono, responsável pelo baixo peso ao nascer. As conseqüências podem ser percebidas no período puerperal, principalmente pelo nascimento de bebês pré-termo, além do surgimento da Síndrome de Morte Súbita Infantil e redução dos sinais antropométricos no recém-nascido. A correlação do tabagismo com outros hábitos de vida da gestante também influencia no desenvolvimento neuropsicomotor infantil. É de extrema importância alertar as gestantes quanto aos riscos do fumo à saúde de seus bebês durante o período pré-natal.