Os grãos de café beneficiado foram armazenados, com o objetivo de avaliar as possíveis alterações nas suas propriedades físicas e químicas durante o armazenamento, em dois diferentes sistemas de armazenagem e em saco de juta. O período total de armazenamento foi de 6 meses. Neste período, amostras foram retiradas mensalmente, na superfície, a 0,10 e a 0,20m de profundidade, em pontos determinados aleatoriamente de cada módulo dos silos, e em saco de juta, em pontos escolhidos aleatoriamente, para realização das análises físicas e químicas. As temperaturas da massa dos grãos de café foram obtidas por meio de termopares, e a temperatura e a umidade relativa do ar ambiente registradas em um termohigrógrafo, instalado no local do armazenamento. Concluiu-se que houve variação e o aumento do teor de umidade em todos os sistemas de armazenagem, entretanto, este aumento, foi mais acentuado nas amostras dos grãos de café armazenados nos sacos de juta, e pode ter sido provocado pela variação da temperatura e umidade relativa do ar ambiente. Apesar das variações ocorridas, durante o armazenamento, nos valores médios dos compostos químicos analisados dos cafés, não houve redução da qualidade do grão de café. Na análise sensorial dos grãos de café, prova de xícara, realizada por três equipes de provadores, de localidades diferentes, apresentou variação na classificação, quanto a bebida e o tipo entre os provadores, necessitando, portanto, que a avaliação da qualidade do café seja complementada de modo objetivo com a analises químicas.