SINOPSEEm duas áreas de oxissolo aparentemente homogêneas, com 18,5 ha (Estação Experimental de Limeira) e 16,5 ha (Estação Experimental de Ribeirão Preto) de superfície foi demarcada uma rede de prospecção com 50 metros de malha.Fez-se a descrição morfológica e foram coletados materiais das camadas 0 -30 e 80 -120 m em 74 pontos da área e em 66 da área-2.Uma série de análises foi efetuada a fim de se poder classificar o solo correspondente a cada ponto segundo a classificação elaborada pelo Soil Survey Staff, cartografar as áreas em vários níveis categóricos e verificar a homogeneidade das áreas, do ponto de vista taxonômico.Observou-se que, tanto em superfície como em profundidade, os solos apresentaram, nas duas áreas, pequena variação nas características morfológicas, não tendo se destacado, com exceção da textura, do contato petroférrico e da espessura verificados na área-2, nenhuma característica como diferenciadora de classe.Apenas com observações morfológicas é impraticável chegar-se ao nível de grande grupo, visto que a diferenciação dessa categoria na ordem Oxissolo fica na dependência da caracterização analítica do material e não foi possível, nas áreas de estudo, relacionar a morfologia com os dados analíticos.Podem-se considerar as categorias de família na area-1 e de subgrupo na área-2, como as mais adequadas ao nível de levantamento semidetalhado e na escala de publicação de 1:50.000.
-INTRODUÇÃONa execução dos levantamentos de solos, o pedólogo procura representar nas unidades de mapeamento cartografadas, áreas nas quais as variações de solo sejam menores do que as que ocorrem na paisagem como um todo. Para isso ele observa o solo em trincheiras, barrancos de estrada e mediante tradagens. Levando em consideração o relevo, a cobertura vegetal, a ocupação humana e outros aspectos superficiais do terreno, ele extrapola os dados obtidos nesses poucos pontos, para a paisagem geral, delimitando unidades cartográficas, as quais apresentarão uma população de solos tanto mais homogênea quanto menor a variação de características tomadas como critério diferencial de classe.Numerosos autores (9,20,26, 27,30) demonstraram que numa mesma unidade os solos apresentam variações por vezes importantes em suas características, sendo as características químicas em geral mais variáveis que as físicas e as mineralógicas.De maneira geral, as classificações de solos estabelecem, já nos primeiros níveis categóricos, critérios relacionados com características químicas.Esses critérios, particularmente na taxonomia de solos (13) desenvolvida pelo Soil Survey Staff, e especialmente na ordem Oxissolo, são vários: saturação em bases, soma de bases, retenção de cations, capacidade de troca de cations, teor de carbono.Como não há um relacionamento satisfatório entre as características morfológicas e/ou aspectos da paisagem com aqueles critérios, fica difícil, se não impossível, sua utilização para delimitar unidades cartográficas simples.No presente trabalho é estudado, em duas áreas "a priori" selecionadas como aparentemente hom...