Melhoramento visando a resistência do cafeeiro à ferrugem

Abstract

SINOPSEA ferrugem alaranjada, uma das mais graves moléstias do cafeeiro, ainda não foi observada no continent" americano. Com a mais freqüente e rápida ligação entre os países africanos e o Brasil, tem aumentado consideravelmente o perigo de introdução neste continente.No presente trabalho, são fornecidos elementos sôbre a especialização fisiológica da H. vastatrix, fontes de resistência ao fungo, hereditariedade dessa resistência e dados já obtidos sôbre os fatôres de resistência que ocorrem nos cafeeiros existentes no Instituto Agronômico, em Campinas. Apresentam-se também as diretrizes para o prosseguimento do plano de melhoramento visando a obtenção de linhagens portadoras de fatôres genéticos que lhes proporcionem resistência ao maior número possível de raças da ferrugem. -INTRODUÇÃOA ferrugem alaranjada (Hemileia vasttítrix Berk, et Br.), largamente difundida e em expansão em todos os outros continentes, é, dos flagelos do cafeeiro, o que mais preocupa as entidades ligadas à cafeicultura brasileira, pois reconhece-se constituir uma grave ameaça para a. indústria cafeeira da. América Latina (23). Embora não seja de esperar a repetição dos efeitos catastróficos que provocou em fins do século passado nas regiões cafeícolas da Ásia, o fato de os cafeeiros Arábicas, em cultura no continente americano, serem na sua totalidade suscetíveis à maioria das raças do fungo, incluindo as que estão mais difundidas no mundo, faz-nos prever o grave problema que traria a introdução da moléstia. O ataque desse fungo, que é denunciado pelo aparecimento de manchas pulverulentas, na página inferior das folhas,(1) Pesquisas em curso no Instituto Agronômico, com a colaboração do Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro.Recebido para publicação em 1.° de agôsto de 1967.

Artificial neural networks compared with Bayesian generalized linear regression for leaf rust resistance prediction in Arabica coffee

“…The complexity of the genetic control of H. vastatrix has been reported by several authors (Bettencourt & Carvalho, 1968;Capucho et al, 2009;Pestana et al, 2015). Studies on coffee demonstrated that Híbrido de Timor derived accessions have five dominant genes (SH5, SH6, SH7, SH8 and SH9) that provide, alone or in combination, the resistance spectra (Bettencourt et al, 1992), indicating both horizontal control, of polygenic nature, and vertical control, provided by few genes of major effect.…”

Avaliação de progênies e seleção no cafeeiro Icatu

“…Corresponde à geração F 2 do cruzamento de C. arábica cv. BA 13, seleção proveniente da índia, com 'Mundo Novo' e segrega para os fatores SH 2 e SH 3 (1). Apenas duas plantas foram selecionadas nesta população, em vista de não se terem constatado plantas excepcionais quanto à produção.…”

SH1 leaf rust and bacterial halo blight coffee resistances are genetically independent

“…garcae and fungus H. vastatrix. These plants were derived from crossing between Catuaí Vermelho IAC 24 cultivar and IAC 1137-5 of Geisha originally from Ethiopia, carrier of S H 1 and S H 5 alleles (Bettencourt and Carvalho 1968 8 UFC•mL −1 (600 nm, absorbance = 0.25), by abrasion technique, which constitutes of friction against ab axial surface of leaves with medium grit sandpaper disposed in circular area (Ø1.5 cm) previously soaked in bacterial suspension causing limb injuries with no tissue drilling. Analysis of disease severity was carried out by using a rating scale of 0 to 5 points adapted from Paradela et al (1974), as follows: 0 = no anasarca or chlorosis symptoms or hypersensitivity reaction around injured tissues; 1 = initial of bacterial colonization around lesions, with up to 10% of inoculated area showing disease symptom; 2 = 11 -25% of inoculated area showing disease symptoms and with or without yellow halo; 3 = 26 -50% of inoculated area showing disease development, yellowish halo pronounced around lesions; 4 = 51 -75% of inoculated area with necrosis, yellowish halo throughout inoculated area; 5 = 100% necrosis of inoculated area.…”

“…Sera (2001) and Fazuoli et al (2009) also attributed to S H 1 allele, present in the Ethiopian varieties (Bettencourt and Carvalho 1968), evaluated by Moraes et al (1975), the simultaneous resistance to some races of H. vastatrix and bacterial halo blight caused by P. syringae pv. garcae.…”

“…According to Bettencourt and Carvalho (1968), S H 1 allele is widespread in major coffee growing areas of Ethiopia. Studies conducted by these authors, allowed S H 1 allele identification in various selections as Barbuk Sudan, BE-2 Ghembi, BE-4 Ennarea, BE-5 Wush-Wush, BE-6 Moderalo, BE-7 Boggia, BE-8 Era, BE-14 Loulo, Dilla & Alghe, Geisha, Lejeune's, S 6 Cioiccie, S 9 Arba Gougou, S 12 Kaffa, S 17 Yrgalem, U l Dalecho, occurring individually or in combination with other resistance genes, as S H 4 (S H 1 S H 4); S H 5 (S H 1 S H 5) and S H 4 and S H 5 (S H 1 S H 4 S H 5) and conferring resistance to 16 of 24 H. vastatrix races known at the period in which the research was conducted.…”