Nova espécie do gênero Manihot Adans. do Estado de Minas Gerais

Abstract

SINOPSENova espécie é aqui descrita, M. handroana, muito afim à M. jolyana N. D. Cruz, mas perfeitamente distinguível desta na morfologia vegetativa e floral. As características mais evidentes são: algumas fôlhas inferiores com os lobos lobulados e levemente peitadas; flores maiores, principalmente as masculinas, e de côr verde-amarelada na face externa; presença do disco bastante carnoso nas flores femininas, que durante a formação do fruto aumenta consideravelmente de tamanho; forma do fruto de seção acentuadamente trígona, enquanto que na M. Jolyana é circular.As diferenças morfológicas permitem concluir tratar-se de duas espé-cies diferentes, embora ambas sejam da mesma formação geográfica, Serra da Mantiqueira. Provavelmente uma derivou a outra.A observação citológica em tecido somático mostrou possuir a espécie 2n = 36 cromossomos, como a M. jolyana.

Nova ocorrência de Manihot jolyana Cruz (Euphorbiaceae) para o estado do Rio de Janeiro, Brasil

“…Cápsulas: 21,6-24 x 20,9-23 mm, globosas, trígonas em seção transversal, lisas, glabras, esverdeadas; sementes 12,8-14,3 x 10,5-11 mm, oblongoides, amareladas a marrons, maculadas, carúncula amplamente triangular, creme a amarelada. Ilustração em Cruz (1965Cruz ( , 1967. Manihot jolyana é endêmica do Brasil e restrita ao domínio fitogeográfico da Mata Atlântica.…”

“…Manihot jolyana é endêmica do Brasil e restrita ao domínio fitogeográfico da Mata Atlântica. Ocorre em Minas Gerais e São Paulo, na Serra da Mantiqueira (Cruz 1965(Cruz , 1967, onde se desenvolve em áreas de capoeira e beira de estrada, entre 1.250 e 1.600 m de altitude. No Rio de Janeiro foi localizada no município de Petrópolis ( fig.…”

“…As amostras coletadas foram processadas conforme as técnicas usuais em herborização sugeridas por Mori et al (1985) e posteriormente depositadas no herbário R, com duplicatas enviadas ao herbário RB. A identificação taxonômica foi estabelecida com base na descrição original (Cruz 1965(Cruz , 1967, literatura especializada (Allem 1980, Rogers & Appan 1973, comparações com as coleções dos herbários, fotos e imagens dos materiais-tipo da espécie. As descrições morfológicas foram baseadas apenas nos exemplares examinados.…”

Sinopse do gênero Manihot Mill. (Euphorbiaceae) no Estado de São Paulo, Brasil

“…De acordo com Cruz (1965), essa espécie deve ter se adaptado a um tipo de vegetação denominado capoeira, mais aberta e mais baixa que uma floresta propriamente dita, já que a espécie não é encontrada nas regiões de mata, a poucos metros do local em que a primeira coleta do material foi realizada, em Campos do Jordão. Cruz (1967) (Cordeiro et al 2013). Segundo Rogers & Appan (1973), é encontrada, mais frequentemente, em florestas secundárias, com solos arenosos.…”

“…De acordo com RadcliffeSmith (2001), o gênero apresenta um grande número de espécies representadas no Brasil; o levantamento mais recente aponta para a ocorrência de 78 espécies, das quais 67 são nativas (Cordeiro et al 2013 Mueller (1866Mueller ( , 1873, Croizat (1942) e Cruz (1965, 1967, 1968. Rogers & Appan (1973) publicaram a monografia de Manihot na obra "Flora Neotropica", mas embora este trabalho tenha abrangido todas as espécies neotropicais do gênero, muitos táxons ainda permanecem duvidosos, especialmente os que ocorrem no Brasil.…”