Estudo genético de bacia orgânica do Vale do Paraíba

Abstract

SINOPSEAtravés de sondagens, fotointerpretação do relêvo e altimetria, foi estudada a formação duma bacia orgânica situada entre São José dos Campos e Caçapava. Esta bacia teve sua origem provável em um lento abatimento por acomodação de camadas no substrato terciário da planície alu¬ vial. Êste fenômeno propiciou o acúmulo orgânico abaixo do nível atual do rio.A preservação da bacia, situada ao sul do rio, sem destruição pela oscilação meândrica, deve-se à tendência do leito em se deslocar para o norte, conforme comprovam os terraços.Estas condições devem prevalecer em outras áreas do mesmo rio e que possuam espêssas camadas orgânicas.

O significado paleoambiental de palinomorfos de fungos em turfas quaternárias do médio vale do rio Paraíba do Sul, SP, Brasil

“…Os depósitos orgânicos que formam as turfeiras encontram-se sobre os sedimentos paleógenos e neógenos e sobre os depósitos de canais do cinturão meândrico subatual (VERDADE & HUNGRIA 1966, GARCIA 1994. Os pacotes mais espessos estão entre São José dos Campos e Caçapava, na margem direita do rio, nas proximidades de Eugênio de Melo, com cerca de 11 m de espessura (MONTANHEIRO 2009).…”

“…Segundo VERDADE & HUNGRIA (1966) e MONTANHEIRO (2009) o cinturão meândrico permaneceu estabilizado por muito tempo, caso contrário, a bacia orgânica teria sido em grande parte destruída. Este fato também foi constatado por GARCIA (1994) em testemunhos com cerca de 6 m de espessura de turfa, com argila plástica na base ou areia conglomerática, que forneceram idades na base de 14.000 a 9.000 anos AP e no topo de 4.000 a 1.500 AP.…”

Abordagens cognitivas para a identificação de unidades geomorfológicas por meio de dados ASTER/Terra

“…Classes da legenda e mapa de referência A nomenclatura das classes de relevo foi adaptada do mapa geomorfológico do estado de São Paulo (IPT 1981) (escala 1: 1.000.000). Para a definição das classes (Quadro II), foram necessárias as interpretações visuais do par estereoscópico das imagens epipolares ASTER/Terra e do MDE derivado destas e, também, um trabalho de campo (realizado no dia 11/04/2007) para a identificação de níveis de terraços fluviais, mencionados por Verdade & Hungria (1966).…”

“…De acordo com Almeida & Carneiro (1998), planaltos e escarpas são sustentados por rochas mais resistentes, enquanto lineamentos rochosos e a rede de drenagem são condicionados por falhas, fraturas e zonas de cisalhamento. Em terrenos sedimentares, ocorrem planícies aluviais (Florenzano & Csordas 1993), terraços (Verdade & Hungria 1966) e colinas terciárias (Florenzano & Csordas 1993). Cabe destacar a ocorrência de diversos padrões de alvéolos ou planícies aluviais intermontanas de menor porte.…”

“…Cabe destacar a ocorrência de diversos padrões de alvéolos ou planícies aluviais intermontanas de menor porte. Verdade & Hungria (1966) verificaram a existência de dois níveis de terraços fluviais na margem direita (sudoeste) do rio Paraíba do Sul. Isso ocorre devido à tendência do rio em se deslocar no sentido noroeste (Verdade & Hungria 1966), ocasionada pela inclinação norte-noroeste do hemi-graben (Almeida 2000).…”