Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida

Abstract

Depressão é problema de saúde frequente entre idosos, embora a identificação desses pacientes seja muitas vezes difícil na prática clínica. Nesse sentido, a avaliação sistemática dos indivíduos nessa faixa etária pode contribuir para melhorar a detecção dos casos de depressão. Este estudo foi desenhado com o objetivo de avaliar a confiabilidade de teste-reteste das versões com 15, 10, 4, e 1 itens da Escala de Depressão em Geriatria (GDS). Foram selecionados 64 indivíduos com 60 ou mais anos de idade atendidos de forma consecutiva nos ambulatórios da Unidade de Idosos do Departamento de Saúde Mental da Santa Casa de São Paulo entre fevereiro e maio de 1998. Todos preenchiam critérios para o diagnóstico de transtorno depressivo (em remissão ou atual) de acordo com a CID-10 e apresentavam escores maiores do que 10 no Mini-Exame do Estado Mental. Eles foram avaliados duas vezes com a GDS-15, sendo as entrevistas conduzidas com intervalo de 48 a 72 horas. Cinquenta e um pacientes aceitaram participar do estudo. A concordância entre os escores de itens individuais da escala foi avaliada pelo coeficiente estatístico Kappa. Estes oscilaram entre 0,04 e 0,49, indicando baixa estabilidade na resposta dos pacientes. Os escores totais da GDS-15 mantiveram-se relativamente estáveis durante o reteste, conforme indicado pelo teste pareado de Wilcoxon (z=1,60; p=0,109), correlação de Spearman (rho=0,86; p<0,001), e Kappa ponderado (Kappa=0,64). O mesmo padrão foi observado para a GDS-10 no teste de Wilcoxon (z=0,85; p=0,402), Spearman (rho=0,81; p<0,001), e Kappa ponderado (Kappa=0,60). O escore total da GDS-4 mostrou variações significativas do teste para o reteste (z=3,75; p<0,001; rho=0,56; p<0,001; Kappa=0,37). Esses resultados indicam que as versões com 1 e 4 ítens apresentam baixos coeficientes de confiabilidade. Isso sugere que essas versões têm utilidade clínica limitada. Por outro lado, a GDS com 15 e 10 iítens pode ser utilizada com relativa confiabilidade na prática clínica, particularmente quando se consideram os escores totais das escalas.

Prevalence and predictors of post stroke depression among elderly stroke survivors

“…PSD was assessed using the Geriatric Depression Scale, 15 items (GDS-15).This scale was translated and validated in Brazil with test-retest (rho = 0.86, p < 0.001), kappa coefficient 0.64 and good internal consistency (Croncbach α = 0.81) 15 . The GDS-15 is a reduced version of the original scale, being composed of 15 items strongly associated with the diagnosis of depression with dichotomous responses (yes or no) to the questions.…”

Prevalence of depressive symptoms among elderly women from a Center of Reference and Care for the Elderly in the city of Passo Fundo, Rio Grande do Sul

“…Questions cannot be changed, and must be asked exactly as described in the instrument. The evaluation was made as follows: a score between 0 and 5 meant without depression, while 6 or more represented depression 20 21 . This instrument consists of questions about the ownership and quantity of certain items, such as color television, radio and a bathroom, among others, and the educational level of the head of household.…”

Diagnóstico de enfermagem memória prejudicada em idosos hospitalizados

“…The analysis of DC6 was performed through the clock test, word recall and drawing of a pentagon. Concerning DC4 -experiences of forgetfulness -this was found in six elderly patients (25%) who reported such perception when questioned specifically about the functioning of the memory and also presented relevant results (a score greater than or equal to 5 points) in the evaluation using the Geriatric Depression Scale (GDS) (14) . The GDS, evaluation scale that assists in the identification of cases suggestive of depression, constitutes a differential to avoid confusion between conditions of dementia and depression.…”

“…The GDS, evaluation scale that assists in the identification of cases suggestive of depression, constitutes a differential to avoid confusion between conditions of dementia and depression. Results from 5 to 7 should be investigated and above 7 indicate probable depression (14) . Although not diagnosed as clinical depression, its occurrence varies between 10% to 25% in the elderly living in the community, between 12% to 16% in elderly residents of long-term care institutions and over 20% to 30% for institutional residents with depressive symptoms (7,9,(14)(15) .…”