RESUMO -A epilepsia é uma condição crônica comum na infância, cujo diagnóstico mostra dificuldades psicossociais e de ajustamento familiar, que parecem estar relacionadas com crenças e qualidade da interação pais-filhos. Este trabalho teve como objetivo esquematizar estratégias de investigação para as variáveis familiares e psicológicas: crenças, impacto da doença, relacionamento familiar, identificação de mudanças. A partir do levantamento de relatos dos pais de crianças com epilepsia e de aspectos da literatura, foram elaborados questionários psicológicos para identificar as importantes variáveis que afetam a vida da criança com epilepsia e sua família. Diante deste contexto, pode-se concluir que o uso de protocolos de investigação mais adequados facilita a avaliação psicológica e garante a coleta de dados.Palavras-chave: epilepsia infantil; protocolos; relacionamento familiar; avaliação psicológica.
Investigation Protocols of Psychological Variables in Infantile EpilepsyABSTRACT -Epilepsy is a common chronic condition in the childhood and its diagnosis reveals psychological, social and family difficulties, that seem to be related with beliefs and quality of parents-children interaction. The purpose of this paper is to schematize investigation strategies for the psychological variables: beliefs, impact of the disease, family relationship, identification of changes. Based upon collected reports of epileptic children's parents and upon surveyed aspects of the literature, psychological questionnaires were elaborated to identify important variables that affect the child's epilepsy life and his family. The use of more appropriate investigation procedures facilitates the psychological evaluation and ensures the collection of data.Key words: infantile epilepsy; investigation protocols; family relationship; psychological evaluation.Para se fazer uma avaliação adequada de pessoas com epilepsia, é preciso considerar não apenas os aspectos relacionados à doença (tipo, frequência e severidade das crises, etiologia, etc), mas também os aspectos comportamentais, psicológicos, culturais, sociais, emocionais e a qualidade de vida.A partir de trabalhos realizados (Souza, Nista, Scotoni & Guerreiro, 1998) e de relatos dos pais de crianças com epilepsia, verificou-se a necessidade de se criar instrumentos em que todas estas áreas pudessem ser investigadas, para haver um tratamento mais efetivo com prevenção de comportamentos inadequados e consequente redução do stress e melhora na qualidade de vida, promovendo assim um melhor ajustamento das crianças e suas famílias.Este trabalho teve como objetivo esquematizar estratégi-as de investigação específicas para as variáveis psicológi-cas, relativas a crenças, ao impacto da doença na família, ao relacionamento familiar, a identificação de mudanças.