Sindrome de Parinaud indicando hidrocefalo descompensado em pacientes com derivação liquórica

Abstract

A paralisia do olhar conjugado no plano vertical, associado ou não a alterações pupilares, conhecida como síndrome de Parinaud (SP) 17 , tem sido considerada, especialmente em comunicações neurocirúrgicas, como sinal patognomômico de tumor da região pineal ou da porção posterior do 111 ventrículo 3,5,ιι,ΐ8 β Esse conceito levou alguns autores a indicar radioterapia em pacientes com hipertensão endocraniana e SP, após a realização de derivação liquórica 14 . Poucos relatos salientam a correlação da SP com obstruções liquó-ricas devidas a hidrocéfalo hipertensivo não tumoral 2 » e » 7 » 14 .A presente comunicação se prende ao estudo de dois pacientes, com hidrocéfalo secundário à estenose não tumoral de aqueduto, que apresentaram, no curso de sua doença, paralisia da elevação ocular. OBSERVAÇÕESCaso 1 -O.V.K., sexo masculino, branco, 22 anos, internado em 28-12-76 (Reg. n? 16.461), por apresentar cefaléia, com períodos de acalmia, desde há dois anos. A cefaléia ocorre mais à noite, com localização bifrontal e em capacete, de grande intensidade, que cede com analgésicos.Nesse período apresentou, por quatro vezes, dor abdominal seguida de inconsciência, dificuldade respiratória, pupilas mióticas, sinal de Babinski à esquerda e ulterior agitação psicomotora.Exame clinico-neurológico -Edema de papila bilateral, mais intenso à esquerda, como o único achado anormal. Raio X de crânio: sinais indiretos de hipertensão endocraniana. Angiografia carotidea: sinais indiretos de dilataç&o do sistema ventricular. Ventriculografia seletiva com Dimer X: dilataçao significativa do III ventriculo e do recesso suprapineal, estenose do aqueduto de Silvius, hérnia intrasselar do III ventriculo (Fig. 1). Ato operatório (6-1-77): derivação ventrículo-peritoneal com válvula tipo Puienz e cateter peritoneal tipo Raimondi de média pressão, manufaturado por Mafra. Reinternação,em 4-2-77, por apresentar cefaléia, vômitos, agitação psicomotora e sonolência, A punção do reservatório subcutaneo do sistema de derivação, com retirada de 30 ml de liquido cefalorraqueano (LCR) normal, propiciou melhora clinica. O bombeamento do reservatório dava a impressão de funcionamento normal da derivação. Em um lapso de 25 dias, foram feitas cinco punções do reservatório com retirada de 30 ml de LCR de cada vez, que foram seguidas de melhora clinica e ulterior piora. Durante as fases de piora o paciente apresentava os mesmos sintomas que motivaram

Sylvian aqueduct syndrome and global rostral midbrain dysfunction associated with shunt malfunction

“…20,22 Pathophysiological Theories Before the identification of the anatomical structure responsible for vertical gaze, 7,48 some authors proposed that cystic dilation of the suprapineal recess with herniation in the quadrigeminal cistern, frequently observed in obstructive hydrocephalus 32,37,43 and dilation of the upper portion of the aqueduct rostral to the obstruction, 29 could distort and compress the tectal plate where the center for vertical gaze was thought to be located. 9,18,38,39,49,54,61 Other theories included axial enlargement of the third ventricle leading to stretching of the posterior commissure, 12 axial enlargement of the third ventricle associated with distortion and caudal displacement of the mesencephalon, 3 dilation of the rostral portion of the aqueduct with distortion and stretching of the periaqueductal gray matter, 37 and gliosis of the periaqueductal gray matter. 37 Upward gaze palsy can also be observed in cases in which supratentorial space-occupying lesions induce posterior herniation of the temporooccipital lobes.…”

“…Most of these theories have had to be revised since the identification of the anatomical structure responsible for upward gaze, which is located in the periaqueductal gray matter ventral to the aqueduct, in the dorsal interstitial nucleus of the medial longitudinal fasciculus. 7,48 The region of the upper brainstem as well as all structures located in or around the notch of the tentorium are known to be subject to significant anatomical modifications due to pressure variations across the tentorium; 4,9,18,23,[29][30][31][32][33][37][38][39]42,43,49,58,60,62 this is typical in obstructive hydrocephalus due to aqueductal stenosis. All these changes can be explained by the existence of a long-standing pressure gradient across the tentorium, with higher pressure levels in the supratentorial compartment and lower pressure levels in the posterior fossa.…”

Sylvian aqueduct syndrome and global rostral midbrain dysfunction associated with shunt malfunction

“…[9,18,38,39,49,54,61] Other theories included axial enlargement of the third ventricle leading to stretching of the posterior commissure, [12] axial enlargement of the third ventricle associated with distortion and caudal displacement of the mesencephalon, [3] dilation of the rostral portion of the aqueduct with distortion and stretching of the periaqueductal gray matter, [37] and gliosis of the periaqueductal gray matter. [37] Upward gaze palsy can also be observed in cases in which supratentorial space-occupying lesions induce posterior herniation of the temporo-occipital lobes.…”

“…Most of these theories have had to be revised since the identification of the anatomical structure responsible for upward gaze, which is located in the periaqueductal gray matter ventral to the aqueduct, in the dorsal interstitial nucleus of the medial longitudinal fasciculus. [7,48] The region of the upper brainstem as well as all structures located in or around the notch of the tentorium are known to be subject to significant anatomical modifications due to pressure variations across the tentorium; [4,9,18,23,[29][30][31][32][33][37][38][39]42,43,49,58,60,62] this is typical in obstructive hydrocephalus due to aqueductal stenosis. All these changes can be explained by the existence of a long-standing pressure gradient across the tentorium, with higher pressure levels in the supratentorial compartment and lower pressure levels in the posterior fossa.…”