A capacidade de comunicação com seus semelhantes é fundamental para o bem-estar social, econômico e psicológico do ser humano e os distúrbios desta capacidade impedem a sua participação integral na sociedade. A mais importante fo,rma de comunicação do ser humano se dá através da linguagem escrita e falada que se realizam, graças à capacidade de simbolização do cérebro humano. Lesões cerebrais que provocam falhas na simbolização, conduzem ao aparecimento do quadro clínico denominado afasia ou disfasia.A causa mais freqüente de afasia no paciente adulto., faixa etária a que se refere o presente trabalho, é a patologia vascular cerebral, vindo, em segundo lugar, os traumatismos crânio-encefálicos.A preocupação em reintegrar os afásicos à sociedade data de longo tempo e, já em 1890, Bateman (citado por Sarno ά col. 10 ) sugeria que um meio de restaurar a linguagem seria a "reeducação". Em 1901, Charles Mills (citado por Cruchaga 3 ) publicou um artigo intitulado "O tratamento dos afásicos pelo treinamento". Muitos anos se passaram, mas até a presente data, ainda prosseguem as divergências de opinião sobre os métodos e os resultados da reeducação da linguagem na afasia. Lenneberg consideram que a terapia de linguagem na afasia é mais uma arte do que uma ciência e que os seus resultados são de difícil quantificação. Eles sugerem que o debate sobre a efetividade da terapia provavelmente não terá fim, pois a questão envolve um número muito grande de variáveis, o que impede a comparação dos resultados