Estudo clínico de 68 casos de epilepsia occipital

Abstract

As epilepsias com disritmia occipital ao eletrencefalograma são particularmente freqüentes na infância 2 , 3 > 8 . Embora exista uma tendência à normalização do traçado das crianças com epilepsia occipital 3 , não é raro que se encontre, no paciente epiléptico adulto, disritmia com essa localização.No presente trabalho propomo-nos a estudar, do ponto de vista clínico, 68 casos de epilepsia, adultos na sua maioria, com foco occipital. Em 67 pacientes foi feito exame do líquido cefalorraqueano, que foi anormal em 4 casos, nos quais foi constatado discreto aumento de células. O eletrencefalograma, feito em todos os casos, mostrou anormalidades occipitais paroxísticas em 40 e contiuas em 27 casos; em um caso havia assimetria entre as áreas occipitais. A disritmia paroxístíca era direita em 10 casos, esquerda em 7 e bilateral em 23 casos; a disritmia contínua era direita em 7 casos, esquerda em 10 e bilateral era 12 casos (Quadro 1). MATERIAL, MÉTODO E RESULTADOSNo tratamento foram utilizados, isoladamente ou em associação, barbitúricos, hldantoinatos, primidona e trimetodiona. O estudo foi feito em relação ao tempo de doença, à freqüência das crises e, em 40 casos, em relação à evolução da doença, sendo comparadas as epilepsias occipitais com as epilepsias em geral ln , Os resultados podem ser apreciados nos quadros 2 a 6.

Parietal and Occipital Lobe Epilepsy: A Review

“…Knowledge about the clinical and electrical manifestations of parietal and occipital seizures is based mainly on case studies and occasional larger series Whitty, 1953, 1955;Marques-Assis et al, 1971; Ludwig and Ajmone Marsan, 1975;Mauguiere and Courjon, 1978). The incidence of these seizures and relative frequency of the different seizure phenomena is not well known, but are generally considered rare (Commission, 1985).…”

“…Elementary visual phenomena have been reported in epilepsy from all brain regions other than the frontal lobes, but the occipital lobes are most commonly involved (Ludwig and Ajmone Marsan, 1975). The frequency of visual auras in occipital lobe epilepsy varies greatly in reported series from 8% (68 cases) (Marques-Assis et al, 1971) to 72% (42 cases) (Salanova et al, 1992), and approximately one third of patients with epilepsy associated with tumors of the occipital lobes have been reported to have initial visual seizures (Allen, 1930). Repeated elementary visual seizures in the form of status epilepticus have been described but are exceptional (Gastaut, 1983).…”

“…In contrast to frontal lobe seizures, parietal and occipital lobe seizures are generally not recognized as constituting clinical syndromes and have been regarded as a heterogeneous group of simple partial seizures (Commission, 1985(Commission, ,1989. However, many seizures from these regions evolve to complex partial seizures, show tonic posturing, focal motor activity, or secondarily generalize, without the simple partial seizure component that might be expected from the functional anatomy of the originally discharged cortex (Bancaud et al, 1961;Courjon et al, 1968;Takeda et al 1969Takeda et al , 1970Marques-Assis et al, 1971; Ludwig and Ajmone Marsan, 1975;Geier et al, 1977~;Olivier et al 1982; Schaffler and Karbowski, 1988). In particular, a strong preferential pathway of seizure spread from an occipital focus to the ipsilateral temporal lobe appears to exist, possibly through the inferior longitudinal fasciculus (Gastaut, 1958;Falconer et al, 1962;Schneider et al, 1965; Huott et al, 1974; Ludwig and Ajmone Marsan, 1975; Engel et al, 1978; Olivier et al, 1982; Williamson and Spencer, 1986; Palmini et al, 1990).…”